A The Future School 4.0 combina habilidades técnicas, como programação e robótica, com competências pessoais como pensamento crítico e lógica, oferecendo uma metodologia personalizada que prepara os alunos para o mercado de tecnologia na prática.
João Aleixo, o jovem empreendedor e fundador da The Future School 4.0, tem feito algo inédito no Brasil: ele criou uma escola de alto padrão no ensino de tecnologia e tem chamado cada vez mais atenção por conta da profundidade dos conteúdos e pela metodologia inovadora oferecida na escola localizada em São José do Rio Preto, no interior do estado de São Paulo.
A metodologia é baseada em formações modulares e individualizadas, permitindo que os alunos escolham suas trilhas de aprendizado conforme seus interesses, como robótica, games e IoT, a internet das coisas. Investimentos em infraestrutura, como laboratórios temáticos e equipamentos de última geração, também reforçam o compromisso com um ensino de qualidade, preparando os estudantes para os desafios reais que o mercado oferece.
A escola enfatiza a importância de iniciar o aprendizado tecnológico desde cedo, integrando hard skills - habilidades técnicas e específicas de uma profissão, que podem ser aprendidas - e soft skills - habilidades comportamentais e interpessoais - que abrangem áreas como programação, mecânica, lógica computacional e tomada de decisão.
Além disso, os cursos estimulam o uso produtivo da tecnologia, desmistificando o receio do uso excessivo de telas e promovendo uma educação voltada para resultados concretos. A ampliação da infraestrutura e a introdução de novos módulos, como a criação de startups, são estratégias para atender à crescente demanda e impactar ainda mais os alunos.
Com a introdução sutil de Inteligência Artificial nos módulos de aplicativos e a criação de startups como parte do currículo, a The Future School 4.0 prepara seus alunos para liderarem na era digital, através das inúmeras e constantes transformações digitais.
Segundo João Aleixo, a escola busca atrair jovens apaixonados por tecnologia e comprometidos com o aprendizado, destacando a relevância da educação tecnológica como o novo "inglês" do século XXI. Aleixo reforça que, com uma base sólida em tecnologia, crianças e adolescentes terão oportunidades ilimitadas no mercado de trabalho, independentemente da área escolhida. O empresário concedeu entrevista exclusiva e revelou detalhes da nova fase que a escola está vivendo:
O que levou você a posicionar a The Future School 4.0 como escola de alto padrão no ensino de robótica?
João Aleixo - Na realidade, o posicionamento veio a partir dos nossos resultados. Recentemente, nossos alunos começaram a colher os frutos das suas trajetórias em nossas formações nas áreas de tecnologia e passaram a conquistar competições regionais e nacionais. O que eu percebo é que muitas escolas usam a robótica como brincadeira ou atividade socioemocional. Algumas, até usam a robótica como uma estratégia de marketing para atrair novos alunos e se mostrar como uma escola “tecnológica” ou “atualizada”, mas a verdade é que o ensino de tecnologia vai muito além disso. Eu, particularmente, acredito que o ensino de tecnologia está ligado ao propósito de capacitar tecnicamente as novas gerações para as oportunidades do mercado, preparando-os, de fato, para aprenderem a lidar com robôs, máquinas, banco de dados, softwares e outros sistemas.
Como a metodologia híbrida, importada e adaptada ao Brasil, está sendo aplicada e recebida pelos alunos e pais?
João Aleixo - Nossa metodologia é inspirada no modelo norte-americano para ensino médio, no qual os alunos direcionam parte do currículo escolar de acordo com seus objetivos profissionais. Na The Future School, trabalhamos com uma formação modular, na qual o próprio aluno vai desenhando seus conteúdos de acordo com sua área de interesse. Por exemplo: se um aluno tem interesse em se especializar em games, ele não precisa passar pelo curso de robótica. Além disso, nossa metodologia respeita os pontos fortes e pontos a serem melhorados de cada aluno, proporcionando o aprendizado em ritmo próprio, sem depender da turma.
Como os investimentos na reforma e ampliação da escola estão impactando o ensino e a experiência dos alunos?
João Aleixo - Recentemente, fizemos uma expansão e aumentamos em três vezes a nossa capacidade. Isso fez com que nossos clientes e alunos aumentassem ainda mais a segurança que eles têm em nosso trabalho. Atualmente, temos as salas temáticas, como a Game Station, o Maker Lab e o Innovation Center, que foram projetados para trazer uma experiência imersiva aos alunos.
Com a expansão planejada para 2025, quais mercados ou públicos a escola busca alcançar?
João Aleixo - Possuímos um material didático desenvolvido internamente e validado ao longo de anos de mercado, alunos conquistando resultados incríveis em competições regionais e nacionais e, agora, finalmente, nos sentimos prontos para iniciarmos nossa expansão com responsabilidade.
Como você avalia a qualidade e o mercado de ensino de robótica no Brasil atualmente?
João Aleixo - Sendo bem sincero, eu não escondo meu descontentamento sempre que me fazem esse tipo de pergunta. A maioria das escolas não encara o ensino de tecnologia com seriedade, mas, sim, como uma atividade extra para preencher tabela. Para a implementação de um ensino sério de tecnologia nas escolas são necessários três pilares: material didático validado que promova progressão de conteúdo, estrutura de equipamentos individuais e professores capacitados.
O que diferencia a sua escola das demais no mercado?
João Aleixo - São vários pontos, mas vou destacar dois principais: nosso material didático é o único no Brasil que fornece uma progressão real aos alunos. Nossos alunos saem do zero, programando de blocos com ferramentas lúdicas até o desenvolvimento de projetos com IoT (Internet das Coisas). O segundo ponto é a metodologia de ensino individualizada e híbrida que promove produtividade e personalização das trilhas de conteúdo, além de promover um certo nível de inclusão. É bem comum recebermos alunos com TDAH e TEA em nossas formações presenciais. Desta forma, nos posicionamos como uma escola de alto rendimento, pois entendemos que robótica não é brincadeira e, por isso, oferecemos uma progressão de conteúdo inteligente e modular, fazendo com que o aluno saia de plataformas lúdicas e chegue até plataformas profissionais do mercado.
Quais habilidades e competências são mais trabalhadas nos cursos oferecidos e como isso prepara os jovens para o mercado de trabalho do futuro?
João Aleixo - As habilidades técnicas (hard skills) estão atreladas à programação, robótica, eletrônica, mecânica, UX (user experience), UI (user interface), banco de dados, IoT (internet das coisas), fluxograma de navegação, level design, game design e muitas outras. As habilidades comportamentais (soft skills) estão atreladas à capacidade de foco, concentração, pensamento crítico, lógica computacional, raciocínio lógico, capacidade de tomada de decisão, sociabilização, coordenação motora fina e muitas outras.
Por que é tão importante começar a educação tecnológica desde cedo e quais resultados você já observou em alunos dessa faixa etária?
João Aleixo - Assim como o aprendizado de um novo idioma, aprender a lidar com as novas tecnologias leva anos. Portanto, é essencial que as crianças comecem, a partir de sua alfabetização, a terem contato com as novas tecnologias da forma correta. Muitos pais nos procuram com um certo receio de que o curso irá estimular o uso de telas e nós afirmamos com tranquilidade: isso não acontece. Muito pelo contrário, nós estimulamos as crianças e adolescentes a utilizarem as novas tecnologias de uma maneira inteligente, voltada ao aprendizado.
Como os módulos de criação de startups e as tecnologias emergentes serão incorporados à formação?
João Aleixo - A trilha de criação de startups será implementada aos alunos do ensino médio, pois o objetivo dessa trilha é fazer com que nossos alunos saiam da formação com uma startup criada do zero. O objetivo é que essa startup tenha passado pelas etapas de ideação, prototipagem, validação do produto/serviço, testes com usuários, estratégias de growth e crescimento e um pitch deck pronto para ser apresentado a uma banca de empresários.
Inteligência Artificial já é estudada pelos alunos na sua escola?
João Aleixo - Os alunos dos módulos de criação de aplicativos aprendem de forma sutil como as inteligências artificiais funcionam. Nosso intuito principal é fazer com que o aluno entenda tudo por trás das novas tecnologias antes de apresentá-los às inteligências artificiais.
Como você acha que a IA impacta este mercado?
João Aleixo - A IA está revolucionando todos os mercados, não tem para onde correr. Saiu um estudo muito interessante logo após o lançamento do ChatGPT, lá em 2022, que mostrava quais eram os profissionais que mais estavam utilizando as inteligências artificiais e, adivinhem só: os programadores estavam nessa lista. Isso acontece, pois quem já teve contato com programação e robótica antes sabe exatamente como funciona a engenharia por trás de uma inteligência artificial, fazendo com que ele consiga extrair o máximo da ferramenta.
Qual é o perfil de aluno que a escola busca atrair para essas iniciativas?
João Aleixo - Nós buscamos alunos que sejam apaixonados por tecnologia e que queiram aprender de verdade. É importante que as famílias também busquem entender um pouco sobre o verdadeiro ensino de tecnologia, para que eles saibam exigir qualidade das escolas que oferecem esse tipo de curso. Somente, desta forma, conseguiremos elevar o padrão do ensino de tecnologia em nosso país.
Qual é a mensagem mais importante que você gostaria de deixar sobre o papel da educação tecnológica no futuro das crianças e adolescentes?
João Aleixo - O ensino de tecnologia é o novo inglês, portanto, as crianças e adolescentes que começarem agora, terão infinitas oportunidades no futuro do mercado de trabalho, independentemente da área que decidirem seguir em suas profissões. É importante entender que o aprendizado de novas tecnologias não acontecerá do dia para a noite e que leva tempo, desta forma, as famílias precisam respeitar o tempo dos seus filhos e buscar uma instituição de ensino séria, que ofereça uma trilha de conteúdos robusta e progressiva.