ASTRONOMIA

Outra reviravolta? Chances de asteroide bater na Terra crescem um pouco

Agora, a chance de o asteroide 2024 YR4 atingir a Terra em 2032 é de uma a cada 280 aproximações da rocha. Mais cedo, era de uma a cada 370

Imagem capturada pela Nasa do asteroide 2024 YR4 em 27 de janeiro deste ano -  (crédito: Nasa/Magdalena Ridge 2.4M Telescope/AFP)
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Imagem capturada pela Nasa do asteroide 2024 YR4 em 27 de janeiro deste ano - (crédito: Nasa/Magdalena Ridge 2.4M Telescope/AFP)

Em mais uma projeção divulgada na tarde desta sexta-feira (21/2), a Agência Espacial Norte-Americana, a Nasa, aumentou um pouco o risco de o asteroide 2024 YR4 atingir a Terra em 2032.

 

Desde terça-feira, as chances de a pedra atingir o nosso planeta daqui a sete anos, mais especificamente em 22 de dezembro, se assemelham ao vaivém de uma gangorra. Estavam em 3,1% na terça-feira (18/2), caíram para 1,5% na quinta (20/2), reduziram ainda mais na madrugada de hoje (0,27%) e agora chegam a 0,36%. Ou seja, uma em cada 280 aproximações da rocha.

Nasa divulga novos cálculos sobre risco do asteroide atingir a Terra
Nasa divulga novos cálculos sobre risco do asteroide atingir a Terra (foto: Reprodução/Nasa)

Na prática, segundo os mais recentes cálculos da Nasa, há 99,64% de chances de não ocorrer qualquer impacto, por isso, os cientistas cravam que não há motivo para pânico. Apesar do pequeno aumento na probabilidade, o asteroide 2024 YR4 segue no nível 1 na escala de Torino, que mede o risco de impacto em consideração com a força de energia liberada em caso de impacto em um cenário de até 100 anos no futuro.

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Na escala de Torino, o nível 0 é para asteroides que não apresentam risco, não têm chances significativas de impacto ou não são grandes o suficiente para atravessar as camadas da atmosfera. Já o nível 10 é caracterizado por asteroides de colisão certa e de potencial de destruição a nível global, podendo colocar a humanidade em risco.

Se atingir a Terra em 2032, o que se mostra cada vez menos provável, a área de possível impacto ainda é bem ampla. Vai da América do Sul (com chance maior para Equador, Colômbia e Venezuela), passando pelo Oceano Atlântico, até a África, Iêmen, Omã, Índia e Bangladesh. Os cientistas também alertam que não há motivo para pânico, afinal ainda são necessárias muitas observações. Nem o tamanho do asteroide se sabe ao certo, seria algo com um diâmetro entre 40m e 90m, com altura estimada de um prédio de 18 andares.

Roberto Fonseca
postado em 21/02/2025 19:06