Clima

La Niña retorna ao Oceano Pacífico em episódio incomum; entenda efeitos

Fenômeno poderá durar até maio, conforme estimativas do Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos

Após a predominância do El Niño em 2024, o fenômeno meteorológico La Niña se iniciou em dezembro do ano passado e durará alguns meses por 2025, de acordo com previsão do Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos. Os principais efeitos no clima serão a redução das temperaturas e alteração do regime de chuvas.

O La Niña ocorre quando há resfriamento das águas do Oceano Pacífico. O serviço americano registrou uma diminuição de 0.7 °C no Pacífico central e no 0.6 °C no Pacífico ocidental no final do ano. A porção oriental do oceano mantém a temperatura média para esta época do ano.

Observações realizadas pelos pesquisadores indicam que o fenômeno será incomum neste ano. Ele durará menos tempo e será mais fraco. Segundo o Serviço Meteorológico Nacional, as condições para o La Niña surgiram em outubro de 2024, mas se desenvolveram devagar e com menos força do que o habitual. 

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Há 59% de chance que o La Niña continue no período entre fevereiro e abril, e 60% de chance que a temperatura das águas do Pacífico se normalize entre março e maio. 

El Niño e La Niña

El Niño e La Niña são duas fases do oscilação nomeada El Niño-Oscilação Sul (ENSO, na sigla em inglês), que altera a temperatura da superfície terrestre conforme as mudanças no Oceano Pacífico.

O La Niña é a fase "fria" do ENSO, associada a menores temperaturas globais. No Brasil, o fenômeno resulta em chuvas intensas no Norte e no Nordeste, enquanto a Região Sul apresenta calor intenso e seca severa. No Centro-Oeste e no Sudeste, os efeitos variam.

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