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Cogumelo que emite brilho verde é descoberto em floresta na Suíça

Artistas suíços mediram a quantidade de luz emitida por diferentes partes do cogumelo usando fotografias de longa exposição e um luminômetro

Dois artistas de Zurique, na Suíça, descobriram um cogumelo que emite brilho verde — capacidade chamada de bioluminescência. Heidy Baggenstos e Andreas Rudolf trabalham com organismos bioluminescentes há mais de 10 anos.

“Queremos mostrar que esses cogumelos bioluminescentes estão presentes nas florestas suíças e que não precisamos viajar muito para encontrá-los”, explicou Heidy, em comunicado divulgado na terça-feira (7/01).

Os artistas coletaram algumas amostras pensando que era da espécie Mycena haematopus. Entretanto, quando voltaram ao estúdio onde trabalham, eles perceberam que era outra espécie, a Mycena crocata, que não havia sido descrita anteriormente como bioluminescente.

Divulgação/Baggenstos/Rudolf -
Divulgação/Baggenstos/Rudolf -
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Os artistas suíços mediram a quantidade de luz emitida por diferentes partes do cogumelo usando fotografias de longa exposição e um luminômetro, que amplifica a luz mais fraca mais do que uma câmera.

"A maioria dos experimentos foi conduzida pelos artistas. Eles coletaram as amostras, tiraram as fotografias e fizeram as medições de luz", disse Renate Heinzelmann, micologista do Instituto Federal Suíço de Pesquisa Florestal, de Neve e de Paisagem (WSL).

A bioluminescência é um processo químico pelo qual organismos vivos geram luz. O passo-chave é a conversão da luciferina pela enzima luciferase, em um produto instável, que libera energia na forma de luz após a decomposição. Ao contrário da fluorescência, esse processo não requer uma fonte de luz externa.

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Enquanto alguns cogumelos brilhantes podem atrair insetos para dispersar esporos, a bioluminescência do micélio (rede subterrânea de um cogumelo) não se encaixa nessa hipótese. "Parece que a bioluminescência tem sido mantida por um longo tempo, então presumimos que ela tenha alguma função. Mas ainda é um mistério", diz Heinzelmann.

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