MEDICINA

Inteligência Artificial prevê câncer de pele raro, dizem cientistas

Plataforma utiliza aprendizado de máquina para prever curso da doença e orientar na escolha do procedimento a ser adotado

Estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, busca auxiliar profissionais na escolha do tratamento adequado para pacientes de carcinoma de células de Merkel  -  (crédito: MART PRODUCTION/Pexels)
Estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, busca auxiliar profissionais na escolha do tratamento adequado para pacientes de carcinoma de células de Merkel - (crédito: MART PRODUCTION/Pexels)

Uma pesquisa utilizando Inteligência Artificial mostrou ser possível prever o curso e gravidade de um tipo raro de câncer de pele. O estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, busca auxiliar profissionais na escolha do tratamento adequado para pacientes de carcinoma de células de Merkel (CCM), câncer raro e agressivo caracterizado pelo crescimento descontrolado de células da pele. 

Para fornecer as projeções, o sistema “DeepMerkel” combina aprendizado de máquina com experiência clínica e dá resultados direcionados com base nas características individuais do tumor e do paciente e pode ser usado.

“O uso da IA nos permitiu entender novos padrões e tendências sutis nos dados, o que significa que, em um nível individual, somos capazes de fornecer previsões mais precisas para cada paciente”, explica o cirurgião plástico Dr. Tom Andrew, primeiro autor do estudo. “Isso é importante porque nos 20 anos até 2020, o número de pessoas diagnosticadas com esse câncer dobrou e, embora ainda seja raro, é um câncer de pele agressivo que está afetando cada vez mais pessoas mais velhas.”

Os estudos com o DeepMerkel foram detalhados em dois artigos complementares, publicados na Nature Digital Medicine e no Journal of the American Academy of Dermatology. No segundo, os pesquisadores explicam como a plataforma, ao analisar dados de 11 mil pacientes em dois países, conseguiu identificar pacientes de alto risco em estágio inicial da doença. 

Os próximos passos para os pesquisadores é integrar o sistema na rotina clínica e ampliar o uso para o tratamento de diferentes tipos de câncer. 

Gabriella Braz
postado em 08/01/2025 15:40 / atualizado em 08/01/2025 15:59
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