A sonda Parker da agência espacial norte-americana (Nasa) fará, nesta terça-feira (24/12), o voo mais próximo do Sol da história. A expectativa é a de que a nave não tripulada chegue a 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. Entretanto, o pico da proximidade só deve se dar à meia-noite da sexta-feira (27/12).
“Nenhum objeto feito pelo homem já passou tão perto de uma estrela, então a Parker realmente retornará dados de um território desconhecido. Estamos animados para ouvir de volta da espaçonave quando ela girar de volta ao redor do Sol", disse Nick Pinkine, gerente de operações da missão Parker Solar Probe.
A Parker Solar Probe foi desenvolvida como parte do programa Living With a Star, da Nasa, para explorar aspectos do sistema solar que afetam diretamente a vida e a sociedade.
“Este é um exemplo das missões ousadas da Nasa, fazendo algo que ninguém mais fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo. Mal podemos esperar para receber a primeira atualização de status da espaçonave e começar a receber os dados científicos nas próximas semanas", afirmou Arik Posner, cientista do programa Parker Solar Probe.
Para realizar as investigações, a sonda Parker e os instrumentos dela são protegidos do Sol por um escudo composto de carbono de 4,5 polegadas de espessura (11,43 cm), que pode suportar temperaturas que chegam a quase 2.500 graus Fahrenheit (1.377 Celsius).
Em 14 de dezembro de 2021, a Nasa anunciou que Parker havia voado pela atmosfera superior do Sol – a corona – e coletado amostras de partículas e campos magnéticos lá. Isso marcou a primeira vez na história que uma espaçonave tocou o Sol.
A sonda foi projetada para mergulhar a cerca de 6,5 milhões de quilômetros da superfície do Sol para rastrear o fluxo de energia, estudar o aquecimento da coroa solar e explorar o que acelera o vento solar.
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"Vivemos na atmosfera do Sol e esta missão ajudará os cientistas a entender melhor o impacto do Sol na Terra. Dados da Parker serão essenciais para entender e, talvez, prever o clima espacial. O clima espacial pode mudar as órbitas dos satélites, encurtar suas vidas úteis ou interferir na eletrônica de bordo", informa a Nasa.
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