Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por Florian Peißker, encontrou a primeira estrela binária próximo ao buraco negro supermassivo Sgr A* (estrela Sagitário A), no centro da Via Láctea. Os estudiosos acreditam que o sistema estelar binário venha a se fundir no futuro. O artigo Um sistema binário no aglomerado S próximo ao buraco negro supermassivo Sagittarius A* foi publicado na Nature Communications (leia o texto na íntegra neste link) e é uma pesquisa importante para permitir uma melhor compreensão desta galáxia e das imediações do buraco negro supermassivo.
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Há aproximadamente 30 anos é possível enxergar estrelas individuais usando a tecnologia de telescopia infravermelha. O centro ao redor do buraco negro Sgr A* contém inúmeras estrelas e até mesmo sub-regiões. Os cientistas acreditam que dentro do “parsec interno”, uma das regiões deste centro, existem muitas estrelas binárias, isso em razão da alta densidade de estrelas. Mesmo assim, até hoje nenhuma estrela binária foi identificada neste complexo.
A dificuldade de encontrar estrelas binárias nesta região se dá porque as estrelas orbitam o buraco negro de forma similar a como a Terra orbita o Sol, porém o buraco negro é quatro milhões de vezes mais pesado. Isso significa que as estrelas podem chegar a velocidades de vários milhões por segundo, o que dificulta a formação de sistemas estelares binários.
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A descoberta facilita a investigação dos processos de formação de estrelas, já que o sistema se fundirá entre as próximas décadas e milênios, formando uma estrela maior. Para os especialistas, as estrelas jovens podem ter surgido a partir de sistemas estelares binários que migraram do "parsec interno".
“Até agora, era um mistério como estrelas tão jovens poderiam se formar tão perto de Sgr A*, o que em princípio deveria evitar qualquer colapso gravitacional necessário para a formação de estrelas. A descoberta deste sistema binário de estrelas expandirá significativamente nosso conhecimento sobre a formação de estrelas”, co-autor da pesquisa, Michael Zajaek, da Universidade Masaryk em Brno, República Tcheca.
*Estagiária sob supervisão de