Biologia

Aranha lança teia a 1 m/s como se fosse estilingue; confira vídeo

As teias das aranhas-raia desempenham função ativa na captura da presa, sendo liberadas pela aranha ao perceber a aproximação do inseto

Cientistas da Universidade de Akron, nos Estados Unidos, avaliaram como a aranha-raia (Theridiosoma gemmosum) forma suas teias, em um estudo publicado no periódico científico Journal of Experimental Biology. Eles descobriram que, ao contrário da maioria das aranhas, a espécie lança suas teias contra o alvo, em uma velocidade que pode alcançar 1m/s, ao captá-lo por meio de sons aéreos.

As teias convencionais costumam ser espirais de seda pegajosa, sobrepostas a uma estrutura radial forte. A maior parte delas é construída e fixada em um único local, com a aranha à espera que a presa voe e se prenda nela. Quando um inseto atinge a teia, as vibrações são transmitidas ao aracnídeo por meio dos fios de seda.

Em seguida, a aranha deve se mover pela teia para atacar o inseto antes que ele se solte. Isso quer dizer que a maioria das teias desempenham papel passivo na captura da presa — sendo papel do aracnídeo atacar o alvo depois de ocorrido o impacto.

No entanto, as teias das aranhas-raia desempenham função ativa na captura da presa, sendo liberadas pelo bicho ao perceber a aproximação do inseto, como se fosse um estilingue. As formações são cônicas e se transformam em um círculo plano para prender o alvo.

Descoberta

A hipótese dos cientistas era que as T. gemmosum usam as vibrações no ar para detectar insetos e liberarem suas teias. Em sua pesquisa, eles descobriram que a espécie detecta a distância e a direção de uma presa por meio de sons aéreos, e só libera as teias quando o inseto está dentro do alcance de cobertura do cone pegajoso.

As descobertas também se aplicam às aranhas que atacam com teias estáticas. "Dado que as teias estáticas podem captar sons aéreos, é plausível que as aranhas que caçam nestas teias possam também discernir informações úteis sobre a aproximação, o tamanho e/ou os comportamentos dos insetos voadores antes de estes embaterem nas teias. Se esta hipótese estiver correta, essa informação poderia melhorar significativamente as probabilidades de as aranhas capturarem as presas com sucesso", diz o estudo.

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