Às vésperas do natal, uma nova projeção do British Geological Survey e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra que o Polo Norte do planeta está em um lugar diferente. O estudo fala sobre a localização do Polo Norte Magnético, ponto da Terra onde está localizado um campo magnético resultante da fundição de metais no centro do planeta, diferente do Polo Norte Geográfico.
O Polo Norte Magnético funciona como um grande "ímã" terrestre, um ponto no qual a Terra tem um magnetismo mais forte. É para lá que as bússolas apontam, é também esse ponto que permite o uso do Sistema de posicionamento global (GPS).
Formação do Polo Norte Magnético
Esse ponto muda de posição constantemente, isso acontece por conta do movimento dos metais que ficam no núcleo externo da Terra. Essa camada é composta principalmente por metais líquidos — ferro e níquel — e quentes, que fazem um movimento chamado de convecção, movimento circular semelhante ao que acontece nos aparelhos de ar condicionado. O calor presente no núcleo interno aquece os metais líquidos no núcleo externo, que se tornam menos densos e sobem em direção ao manto terrestre. Ao se se aproximarem do manto, o níquel e o ferro se tornam mais densos e voltam a descer em direção ao núcleo interno.
A repetição desse movimento gera correntes elétricas que formam o campo magnético.
O World Magnetic Model 2025, mostra que o ponto agora está mais próximo da Sibéria, na Rússia, do que do Canadá. Nos últimos anos, no entanto, o Polo Norte Magnético se movimentou mais rápido do que o usual, o que preocupa os pesquisadores.
Desde a década de 1830, o Polo Norte Magnético se moveu cerca de 2.250Km. Entre 1990 e 2005, a velocidade de movimentação passou de 15km por ano para cerca de 50 a 60km por ano. Mas outra mudança de comportamento pode ser observada nos últimos cinco anos, quando o movimento desacelerou e passou a ser de 35km anuais.