Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são responsáveis por 25% dos casos de infertilidade. O organismo da ONU calcula que, diariamente, mais de 1 milhão de pessoas entre 15 e 49 anos sejam infectadas por doenças causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas principalmente pelo contato sexual.
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Na mulher, as ISTs costumam afetar a tuba uterina, o caminho percorrido pelos espermatozoides para fecundar o óvulo. Já no homem, podem afetar a uretra (canal da urina), próstata ou epidídimo (local onde ocorre o amadurecimento dos espermatozoides), comprometendo a qualidade do sêmen.
“Um dos maiores problemas das ISTs é que são frequentemente doenças silenciosas", diz Roberto de Azevedo Antunes, diretor da clínica Fertipraxis e especialista em reprodução assistida. "Ao não apresentarem sintomas, as pessoas não procuram tratamento médico, o que agrava o quadro, podendo causar a infertilidade", explica.
Proteção
O médico cita HPV, sífilis, clamídia, tricomoníase e HIV como algumas das infecções sexualmente transmissíveis que podem causar infertilidade. Em alguns casos, também há risco de abortamento tardio e parto prematuro. “É importantíssimo usar preservativo em todas as relações sexuais, independentemente da via, pois o contato desprotegido com uma pessoa contaminada o coloca em risco. E caso tenha alguma relação desprotegida, é importante consultar o médico e fazer uma investigação por meio de exames para as ISTs”, orienta o especialista em reprodução humana.
Segundo Antunes, casais impactados pela infertilidade devido a ISTs podem recorrer à reprodução assistida, que também reduz risco de transmissão do vírus para o bebê. "Nesses casos, os métodos de reprodução assistida podem ser uma solução para ter filhos”, diz.
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