Astronomia

Substância que faz vagalumes brilharem é encontrada em lua de Júpiter

A descoberta sugere que o satélite poderia ser habitável, segundo pesquisador

Apesar do cenário promissor, vale ressaltar que não existem evidências de vida no satélite e novas investigações devem ser realizadas a fim de explorar esta possibilidade -  (crédito: Tony Phan/Unsplash)
Apesar do cenário promissor, vale ressaltar que não existem evidências de vida no satélite e novas investigações devem ser realizadas a fim de explorar esta possibilidade - (crédito: Tony Phan/Unsplash)

A luciferina, substância que permite a emissão de luz em organismos vivos como vagalumes, peixes, medusas e fungos, foi encontrada na lua Europa, de Júpiter. De acordo com o pesquisador responsável pela descoberta, Hugo Matheus Ferreira Melo, isso poderia indicar a presença de vida no satélite.

"Embora haja estudos que explorem a possibilidade de a luciferina ser formada por processos não biológicos, essa hipótese ainda não é totalmente confirmada. No entanto, sua presença sugere um ambiente químico rico que poderia ser habitável para formas de vida microbianas", disse ao Correio.

Segundo Melo, a descoberta indica que os oceanos subsuperficiais em Europa podem ser um dos lugares mais promissores para encontrar vida no Sistema Solar. "A presença de condições geotérmicas favoráveis, como fossas hidrotermais, eleva o potencial de habitabilidade dessa lua", afirmou.

Apesar do cenário promissor, vale ressaltar que não existem evidências de vida no satélite e novas investigações devem ser realizadas a fim de explorar esta possibilidade.

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Luciferina em Europa

O estudo foi realizado por meio da análise de dados espectroscópicos do Espectrômetro de Mapeamento de Infravermelho Próximo (NIMS) a bordo da sonda Galileo. O foco da apuração foi na faixa de emissão de luciferina, entre 560 e 570nm.

"Esses dados foram cuidadosamente pré-processados para eliminar ruídos e anomalias, permitindo identificar padrões de intensidade luminosa compatíveis com a presença dessa molécula", relatou Melo.

"O próximo passo dessa pesquisa, seria descartar fontes alternativas de luminescência, validando os dados com novos e diferentes instrumentos e modelos de análise espectral", finaliza Melo.

Isabela Stanga
postado em 12/12/2024 17:01 / atualizado em 12/12/2024 18:46
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