O asteroide que dizimou os dinossauros há 65 milhões de anos tinha 10 quilômetros de diâmetro, o que equivale ao bairro do Brooklyn, em Nova York. No entanto, planetoides muito menores — do tamanho de carros, ônibus e caminhões — têm mais chances de se chocarem contra a Terra, deslocados do Cinturão de Asteroides (localizado entre Marte e Júpiter).
Até então, não existia nenhum método para identificar estes "pequenos gigantes" no espaço. No entanto, cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriram um modo de detectar os asteroides tão pequenos quanto 10 metros de comprimento.
Em um artigo publicado na revista científica Nature, os pesquisadores indicaram que o método desenvolvido por eles, usando imagens do telescópio espacial James Webb, foi capaz de detectar mais de 100 novos asteroides no Cinturão. Eles variam do tamanhos de ônibus a estádios de futebol.
Para os cientistas, o método poderá ser usado para identificar e acompanhar os asteroides que podem se chocar contra a Terra. "Conseguíamos detectar objetos com até 10 metros de comprimento quando estão muito perto de nós. Temos agora uma forma de detectar esses pequenos asteroides quando estão muito mais longe com muito maior precisão, o que é essencial para a defesa de nosso planeta", explica o autor principal do estudo, Artem Burdanov.
Impactos dos pequenos asteroides
O choque de um asteroide menor com a Terra não é capaz de promover uma extinção em massa, mas acarreta consequências graves para a região em que ocorre. Como exemplo, em 30 de junho de 1908, houve uma explosão de asteroide nos céus da Sibéria, que ocasionou incêndios em florestas e queda de árvores por quilômetros.
Em 2013, outro asteroide conhecido como 'Chelyabinsk meteor' entrou na atmosfera terrestre na região de Ural, na Rússia. Ele tinha cerca de 18 metros de diâmetro, e a luz produzida por ele foi vista por mais de 100 quilômetros. O choque sísmico, a fumaça e o gás ocasionados pela explosão feriram 1.491 pessoas e danificaram mais de sete mil edifícios.