O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2024, foram diagnosticados 220.490 casos de câncer de pele não melanoma e 8.980 do tipo mais agressivo, o melanoma, no Brasil. Para esclarecer a população sobre a doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou a campanha Dezembro Laranja, com ações em todo o Brasil, incluindo em Brasília. Em entrevista ao Correio, a médica dermatologista e cirurgiã dermatológica Regina Buffman ensina a reconhecer os sinais e a prevenir a doença.
Como reconhecer os sinais do câncer de pele?
Devemos suspeitar de câncer de pele em lesões que não cicatrizam e que apresentam sangramento fácil. No caso de lesões com pigmento, é importante observar a irregularidade. Pintas escuras com bordas irregulares, mais de uma cor, maiores que 5 mm e que apresentem evolução ao longo do tempo — por exemplo, uma pinta plana que adquiriu volume ou se tornou ulcerada — são sinais de alerta. O autoexame da pele é fundamental, mas qualquer mudança deve ser avaliada por um dermatologista.
Além da exposição ao sol, quais outros fatores de risco?
Outros fatores de risco incluem histórico familiar de câncer de pele; pele clara e olhos claros; presença de muitas pintas ou sardas; idade avançada; histórico de queimaduras solares, especialmente na infância, e exposição a câmaras de bronzeamento artificial.
Como é o tratamento, tanto do melanoma quanto do não melanoma?
O tratamento varia conforme o tipo e o estágio do câncer. Para o câncer de pele não melanoma, a remoção cirúrgica da lesão é a abordagem mais comum. Já o melanoma, por ser mais agressivo, pode exigir cirurgias mais amplas, imunoterapia, radioterapia ou quimioterapia. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura.
Quais são as principais medidas para prevenir?
Usar protetor solar diariamente, com FPS 30 ou maior, reaplicando a cada três horas; evitar a exposição solar entre 10h e 16h; uilizar barreiras físicas, como chapéus, óculos de sol e roupas de proteção.