Assim como os óvulos, o sêmen pode ser congelado, preservando a capacidade reprodutiva masculina em situações como tratamento oncológico, cirurgia de próstata ou mesmo quando a ideia é adiar um pouco a paternidade. Um estudo com dados de 5.335 ciclos de inseminação intrauterina da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, demonstrou que o congelamento do esperma mantém a qualidade das células reprodutoras masculinas, que são tão viáveis como as frescas.
"Ao longo dos anos, e particularmente com a técnica de vitrificação, a eficiência do processo aumentou drasticamente”, conta Marcelo Marinho de Souza, médico especialista em reprodução humana e diretor da Fertipraxis Centro de Reprodução Humana, no Rio de Janeiro. “Hoje contamos com elevadas taxas de sobrevida pós-descongelamento", explica.
Segundo o médico, a idade mais recomendada é abaixo dos 45 anos. Assim como os óvulos e embriões, não há limite de tempo para se manter o sêmen congelado.
O congelamento é feito no máximo até uma hora após a coleta do material. A amostra é mantida com temperatura próxima a 37°C durante alguns minutos para a sua completa liquefação.
Nitrogênio
O próximo passo é adicionar a um meio crioprotetor para a proteção da célula durante todo o processo de congelamento. Depois de outras etapas técnicas, as amostras são armazenadas em contêineres de nitrogênio líquido devidamente identificadas à temperatura de –196°C.
"Importante ressaltar a necessidade de se assinar termos próprios de informação e esclarecimento, o que torna o processo todo mais seguro”, destaca Marcelo Marinho de Souza, “Também é obrigatória a realização prévia de exames de sangue, que atestam a inexistência de doenças infecciosas do paciente", finaliza.
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