SAÚDE DA MULHER

Medalhistas brasileiras fazem campanha contra o câncer de colo do útero

Durante mês de outubro, as atletas vão fazer parte das ações de comunicação da campanha Outubro Além do Rosa

No ritmo do outubro rosa, Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia), Bia Ferreira (boxe), Bia Souza (judô), Jade Barbosa (ginástica olímpica) e Verônica Hipólito (atletismo paralímpico) são as atletas convidadas para a campanha Outubro Além do Rosa, promovida pela farmacêutica MSD. A campanha, que ocorre ao longo de todo o mês de outubro, tem o objetivo de ampliar a divulgação das mensagens de conscientização, cuidado e prevenção contra o câncer de colo do útero.

Além das atletas, a médica do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Thatiana Parmigiano, vai participar das ações de comunicação sobre o tema nas redes sociais e meios digitais, como no YouTube, Meta e branded content.

Hoje, no Brasil, o câncer de colo do útero é o segundo tipo de câncer mais letal para mulheres de 20 a 49 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os dados do instituto revelam que, diariamente, cerca de 19 brasileiras morrem devido a esse câncer.

Unidas ao um time de influenciadoras que já estão na campanha — Giovanna Ewbank, Cleo Pires, Vivi Cake, Mirelle Moschella, Lidi Lisboa, Vivian Amorin, Debora Nascimento, Aline Campos, e as médicas Lilian Fiorelli e Marcela Mc Gowan —, as atletas e a médica pretendem ampliar o conhecimento da população sobre os riscos de desenvolvimento de cânceres relacionados ao HPV.

O papilomavírus humano é responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero e 5% de todos os cânceres do mundo. A maior forma de proteção contra o vírus é a vacinação contra o HPV, que, no Brasil, encontra-se abaixo da meta.

Thathiana, ginecologista do COB, comenta sobre a importância da população conhecer mais sobre os riscos relacionados ao HPV: "essa é uma infecção que está altamente relacionada a tumores como os cânceres de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe. É um problema que afeta mulheres e homens, por isso é tão importante que a gente fale sobre esses riscos".

Por ano, de acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mais de 30 mil brasileiras são diagnosticadas com algum tumor ginecológico

Para a eliminação do câncer do colo do útero, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenhou uma estratégia que tem como prioridade a vacinação contra o HPV, assim como rastreio e tratamento adequado. "Esse é um câncer que pode e deve ser prevenido, e é necessário alertar todas as mulheres até os 45 anos sobre a importância da prevenção por meio da vacinação", diz Fernando Cerino, Diretor de Vacinas Privado da MSD Brasil.

"Para esta campanha, trouxemos mulheres de perfis diversos e que, recentemente, fizeram todo o Brasil torcer pelas suas conquistas. Desejamos que a população esteja junto com as atletas nesta causa, impactando mulheres por meio da conscientização e contribuindo com o nosso principal objetivo, que é a eliminação do câncer de colo do útero", completa Fernando.

Ao longo de todo ano, a MSD vem trabalhando na divulgação da campanha HPV Pode Acontecer, focada na conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero.

O que você precisa saber sobre o HPV, segundo informações do MSD:

O que significa HPV?

A sigla HPV corresponde a um conjunto de vírus chamado papilomavírus humano. Os HPV são vírus sexualmente transmissíveis que infectam pele ou mucosa, provocando verrugas ou lesões que podem ser precursoras de cânceres.

Como ocorre a transmissão do HPV?

A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou a mucosa infectadas, durante qualquer contato sexual (genital-genital, oral-genital e manual-genital), mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.

Quais são os sinais e os sintomas de uma infecção pelo HVP?

Há dois tipos de infecções, cada uma com características particulares:

  • Infecções clínicas: a principal manifestação desse tipo de infecção é o aparecimento de verrugas ou lesões na pele ou na mucosas, causando coceira acompanhada ou não de irritação. Essas lesões costumam ter aspecto de “couve-flor” e tamanhos variados. Surgem na região genital ou no ânus de ambos os sexos, mas podem aparecer também na boca e na garganta.
  • Infecções subclínicas: não são visíveis a olho nu e não apresentam sinais e sintomas. Apesar disso, essas infecções podem ser de baixo e alto riscos.

 As infecções pelo HPV têm cura?

Não existem medicamentos que curem ou eliminem o vírus, mas há tratamentos para as lesões causadas por ele. A prevenção deve ser feita através da vacinação e uso adequado de preservativos, internos ou externos. Na maioria dos casos, o vírus é eliminado espontaneamente pelo próprio sistema imunológico, sem que a pessoa infectada apresente qualquer sinal ou sintoma. Em algumas pessoas, o vírus pode permanecer inativo e se manifestar apenas quando o sistema imunológico estiver mais fragilizado.

Qual especialidade médica devo procurar se eu suspeitar de uma infecção pelo HPV?

Ginecologistas, urologistas e proctologistas podem tratar pessoas infectadas pelo HPV. Outras especialidades médicas podem ser indicadas após análise de cada caso.

Vale lembrar que essas informações não substituem a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá te orientar sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.

Saiba onde se vacinar

As vacinas contra o HPV estão disponíveis em clínicas particulares ou através do SUS para populações específicas, fale com o seu médico para conferir a disponibilidade das vacinas.

A vacina é disponibilizada para crianças de 9 a 14 anos de idade. Além disso, está disponível para pacientes vítimas de abuso sexual entre 9 e 45 anos de idade. Nos Centros de Referência a Imunibiológicos Especiais (Crie), a vacinação é disponibilizada para crianças e adultos de 9 a 45 anos de idade vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea e pacientes oncológicos.

Confira aqui a unidade de saúde mais próxima a você.

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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