"O estudo chamou bastante a atenção da comunidade científica e hematológica porque comparou uma imunoterapia, nesse caso nivolumabe, com 'um pouquinho' de quimioterapia AVD —que são três drogas, um esquema que até o momento é considerado padrão no linfoma de Hodgkin. O nivoAVD, em dados preliminares iniciais, já se mostrou superior, mas é muito raro a gente ver ganho de sobrevida, porque é uma doença que a gente já tratava com uma alta taxa de sucesso. Na maior parte dos pacientes, a gente conseguia não só, mas também fazer com que a sobrevida fosse ótima. Então, mostrar ganho de sobrevida quando ela já é alta com o tratamento padrão, é muito mais difícil. Quanto mais perto você chega do 100%, mais complicado é."
Phillip Scheinberg, líder da Hematologia na Beneficência Portuguesa (BP), de São Paulo