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Alimentação e saúde mental: veja dicas para manter corpo e mente saudáveis

Especialistas falam sobre como o consumo excessivo de doces e a má alimentação podem aumentar níveis de estresse e riscos de depressão

Do mental ao físico, o corpo humano é uma máquina que funciona de maneira interdependente. Por isso, é importante reforçar que cuidados com alimentação e exercícios, por exemplo, além de serem bons para o corpo, também interferem na saúde mental e emocional. 

Presidente da Associação Brasileira de Terapias Naturais Integrativas (ABTNI) e naturopata, Nilda Marchi define o corpo como uma “máquina perfeita”. Essa máquina, no entanto, depende do funcionamento de todas as engrenagens. 

Ela destaca que o intestino, e o próprio sistema digestório, está intimamente ligado às alterações emocionais. Entre essas relações de causa e consequência, a naturopata destaca que a má alimentação pode contribuir para o acúmulo de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, no organismo. O estresse, por sua vez, pode causar uma série de problemas intestinais, como constipação e problemas gástricos. “Muitas pessoas comem porque estão estressadas e se estressam porque comem”, destaca a especialista.

Por isso, é preciso praticar hábitos que promovam o bom funcionamento intestinal. Mas essas práticas não se resumem a fazer dietas alimentares. “Muitas pessoas estão tirando alimentos sem se importar com o emocional”, comenta a naturopata. Marchi defende que não é necessário cortar alimentos que você gostar, mas investir em uma higiene do sistema digestório com alimentos que ajudam no bom funcionamento do intestino. 

Além da alimentação, ela destaca que a respiração correta, a hidratação e um sono de qualidade são fatores essenciais para o funcionamento intestinal. 

Dependência

Psicóloga clínica e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Larissa Fonseca explica que ter uma boa alimentação não se trata apenas de escolher o que deve ou não consumir, mas de estabelecer uma relação saudável com a comida.

“Você está cansado, compra um doce porque pensa ‘eu mereço’, aí essa glicose vai te causar uma euforia, mas depois vai vir o desânimo”, pontua a especialista. Essa relação de recompensa, segundo Fonseca, pode gerar uma certa dependência, já que o indivíduo pode passar a buscar cada vez mais uma sensação de prazer nesses alimentos. A psicóloga destaca ainda que o consumo excessivo de açúcar, como revelam estudos, pode estar atrelado ao maior risco de depressão. 

A especialista também dá dicas de cuidados com o corpo que podem impactar na saúde mental e emocional. Para a psicóloga, além da prática de exercícios físicos, o sol, uma fonte de vitamina D, é indispensável para uma boa qualidade de vida


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