Astronomia

Em busca de novas Terras, astrônomos fazem teste de observação em Urano

Observar imagens feitas de exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) é uma técnica-chave para entender se ele é potencialmente habitável ou não

O Telescópio Espacial Hubble da NASA (à esquerda) e a nave espacial New Horizon da NASA (à direita) fotografam o planeta Urano -  (crédito: NASA, ESA, STScI, Samantha Hasler (MIT), Amy Simon (NASA-GSFC), New Horizons Planetary Science Theme Team; Image Processing: Joseph DePasquale (STScI), Joseph Olmsted (STScI))
O Telescópio Espacial Hubble da NASA (à esquerda) e a nave espacial New Horizon da NASA (à direita) fotografam o planeta Urano - (crédito: NASA, ESA, STScI, Samantha Hasler (MIT), Amy Simon (NASA-GSFC), New Horizons Planetary Science Theme Team; Image Processing: Joseph DePasquale (STScI), Joseph Olmsted (STScI))

Em sua busca por planetas habitáveis fora do Sistema Solar, cientistas decidiram fazer um teste próximo da Terra — a ser expandido para sistemas de outras estrelas pelo Universo. Uma equipe de astrônomos comparou imagens geradas de Urano pelo telescópio Hubble, da Nasa, e pela missão espacial New Horizons, a fim de entender o que elas podem revelar sobre um planeta distante.

Foram comparadas imagens mais próximas, feitas pelo Hubble, e imagens mais distantes, feitas pela New Horizon. “Embora esperássemos que Urano aparecesse de forma diferente em cada filtro das observações, descobrimos que o planeta estava na realidade mais escuro do que o previsto nos dados da New Horizons obtidos de um ponto de vista diferente”, disse a autora principal do estudo, Samantha Hasler, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em Cambridge e colaboradora da equipe científica da New Horizons.

Observar imagens feitas de exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) é uma técnica-chave para entender se ele é potencialmente habitável ou não. Os astrônomos utilizam tanto a imagem direta quanto a espectroscopia para recolher a luz do planeta observado e comparar seu brilho em diferentes comprimentos de onda.

Entretanto, obter imagens de exoplanetas é um processo difícil, já que estão muito longe. O que é possível observar são pontos de referência, nem de perto tão detalhadas como as imagens que são feitas de planetas mais próximos da Terra.

Urano foi escolhido para o teste por algumas razões. Primeiro, muitos exoplanetas conhecidos tem natureza semelhante a ele: ou seja, são gigantes gasosos. Além disso, a New Horizons estava do outro lado do planeta, a 6,5 bilhões de quilômetros de distância, e as imagens geradas por ela se assemelham a imagens feitas de exoplanetas, com apenas poucos pixels.

O Hubble, por sua vez, conseguiu captar detalhes do planeta a 1,7 bilhão de quilômetros de Urano. "Urano aparece apenas como um pequeno ponto nas observações da New Horizons, semelhante aos pontos vistos em exoplanetas diretamente captados por observatórios como o Webb ou por observatórios terrestres. O Hubble fornece contexto para o que a atmosfera está a fazer quando foi observada com a New Horizons", acrescentou Hastler.

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postado em 10/10/2024 18:17 / atualizado em 10/10/2024 18:19
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