EVOLUÇÃO

Lucy, a ancestral humana, era mais habilidosa do que se imaginava

A hominídeo da espécie Australopithecus afarensis viveu há 3,2 milhões de anos

Esqueleto e reprodução de Lucy, hominídeo mais antigo do mundo -  (crédito: Reprodução/Wikimedia Commons)
Esqueleto e reprodução de Lucy, hominídeo mais antigo do mundo - (crédito: Reprodução/Wikimedia Commons)

Nova pesquisa publicada nesta semana apontou que Lucy, o fóssil humano mais antigo já encontrado, conseguia manusear ferramentas com as mãos como as espécies de hominídeos mais recentes. Os Australopithecus afarensis viveram há 3,2 milhões de anos. 

Antecessor do gênero Homo, ao qual os Homo sapiens sapiens, espécie humana atual, faz parte, os australopitecos têm características ainda semelhantes aos macacos. Estudos anteriores, entretanto, acreditavam que algumas desse gênero mais primitivo não tinha capacidade de agarrar e manusear ferramentas. As novas descobertas colocam em xeque a teoria científica de que os A. afarensis, espécie de Lucy, eram incapazes de produzir ferramentas de pedra. 

“Essas descobertas fornecem novas evidências de que algumas espécies de australopitecos já estavam habitualmente envolvidas em manipulação semelhante à humana, mesmo que sua destreza manual provavelmente não fosse tão alta quanto a do Homo posterior”, escrevem os pesquisadores. 

Evidências sobre o uso das mãos, aponta o estudo, são de grande relevância para os estudos. Isso porque são capazes de desvendar mistérios sobre o que motivou a evolução humana, além de entender quando os humanos pararam de usar as mãos para se locomover e a produzir e utilizar ferramentas de modo sistemático. 

O estudo foi publicado no Journal of Human Evolution.

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postado em 08/10/2024 17:59 / atualizado em 08/10/2024 17:59
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