CORPO HUMANO

EUA aprovam novo medicamento contra a esquizofrenia

Novo remédio muda a abordagem de tratamento contra a doença, que tinha como alvo os receptores de dopamina

A Food and Drug Administration (FDA na sigla em inglês, ou agência reguladora de Alimentação e Medicamentos dos Estados Unidos, em tradução livre) aprovou um novo remédio contra a esquizofrenia. A aprovação do Cobenfy (xanomelina e cloreto de tróspio) foi divulgada pelo órgão nesta sexta-feira (27/9). 

O medicamento representa uma nova abordagem de tratamento da doença. Isso porque os antipsicóticos utilizados para tratar a esquizofrenia costumavam ter como alvo os receptores de dopamina, neurotransmissor conhecido como  “substância química do prazer”. Já o Cobenfy atinge outros receptores do sistema nervoso, chamados de receptores colinérgicos. 

“Este medicamento adota a primeira nova abordagem para o tratamento da esquizofrenia em décadas”, destacou a diretora da Divisão de Psiquiatria, Escritório de Neurociência do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Tiffany Farchione. "Esta aprovação oferece uma nova alternativa aos medicamentos antipsicóticos que pessoas com esquizofrenia receberam anteriormente."

O Cobenfy é desenvolvido pela farmacêutica Bristol Myers Squibb. Para o presidente do conselho e diretor executivo da empresa, Chris Boerner, o medicamento tem o potencial de “mudar o paradigma do tratamento".  “A aprovação histórica de hoje do nosso tratamento de primeira classe para esquizofrenia marca um marco importante para a comunidade, onde depois de mais de 30 anos, agora há uma abordagem farmacológica inteiramente nova para esquizofrenia”, destacou.

De acordo com a FDA, a eficácia do medicamento foi avaliada em dois estudos distintos com participantes diagnosticados com esquizofrenia. Em ambos os testes, os voluntários que tomaram o medicamento apresentaram redução significativa nos sintomas da Escala de Síndrome Positiva e Negativa (PANSS), sistema que mede os sintomas da esquizofrenia, em comparação com aqueles que tomaram placebo. 

A orientação do órgão regulador é de que o remédio não pode ser prescrito para pacientes com retenção urinária, doença renal ou hepática moderada ou grave, retenção gástrica, glaucoma de ângulo estreito não tratado ou histórico de hipersensibilidade aos componentes do medicamento. 

 

Mais Lidas