SAÚDE

Cirurgia de amputação do reto: entenda procedimento feito por Preta Gil

Cantora falou sobre novo tratamento contra o câncer no intestino, que voltou em outras partes do corpo

Em entrevista ao Fantástico no último domingo (8/9), a cantora Preta Gil contou detalhes da nova batalha contra o câncer. Diagnosticada em janeiro de 2023, a artista revelou recentemente que a doença, que estava em processo de remissão, voltou em outras partes do corpo. 

Uma das revelações de Preta sobre o tratamento do câncer de intestino foi a necessidade de uma cirurgia de amputação do reto. O procedimento gerou diversas dúvidas entre os espectadores.

O reto é a parte final do intestino grosso, que liga o órgão até a última parte do sistema digestório, o ânus. 

Oncologista do Hospital Icaraí, Dr. Marcos Saramago explica que a cirurgia é feita em casos de tumor no reto baixo, parte final do intestino que fica até 5cm de distância do ânus. Com a amputação, o paciente não consegue mais eliminar as fezes de forma comum e elas precisam ser direcionadas para uma bolsa de colostomia, equipamento coletor que é anexado no abdômen.

Em alguns casos, a esfíncter, espécie de anel que controla a abertura e o fechamento do orifício excretor, é comprometida, mas depende de onde o tumor está localizado. 

Para uma cirurgia bem sucedida, o oncologista explica que o preparo é essencial. “É importante realização de atividades físicas e alimentação adequada para a demanda energética que a cirurgia impõe”. 

“A adequação do dia a dia para amputação de reto é realizada conforme a limitação que é imposta pela cirurgia”, explica o médico. “Muitos pacientes passam a realizar a higienização na própria bolsinha com banheiros adaptados à própria necessidade”. 

O médico ainda faz um alerta: em caso de pacientes jovens é ideal fazer uma avaliação genética para avaliar se não há propensão de formação de outros tipos de câncer.

Preta contou da cirurgia como forma de se desfazer dos tabus que cercam a doença. Para a artista, essa é a nova realidade, da qual não deve ter vergonha. Após a cirurgia, ela ainda deve voltar a fazer quimioterapia. 

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