A doutora em Bioética pela Universidade de Medicina do Porto (Portugal), pediatra, médica perita e advogada Gilvana Campos lança, nesta terça-feira (3/9), o seu livro Embriões excedentários: uma proposta de estatuto sob o escopo da bioética. O evento ocorre no Clube Amagis, na Asa Sul, a partir das 19h.
Na obra, a autora se debruça sobre uma questão polêmica, perpassada por legislação, moralidade e crenças. "Mais do que apenas células congeladas, os embriões excedentários representam uma encruzilhada de valores éticos, direitos humanos e responsabilidades sociais. A questão vai além do campo científico, estendendo-se para o âmbito moral e legal", afirma Campos.
De acordo com a especialista, a legislação brasileira pouco avançou nos últimos anos com relação ao tema. Atualmente, a lei do país permite o uso desses embriões para pesquisas, mas impõe restrições significativas, ao contrário de Portugal e Espanha, por exemplo. Lá, as pesquisas podem ser realizadas de maneira mais ampla.
No entanto, a solução não é tão simples. Até onde a sociedade deve ir em nome do progresso científico? "A decisão que tomamos hoje terá consequências duradouras para a sociedade", declara a autora.
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