Paulo Abrão, vice-presidente da Sociedade Paulista de Infectologia

O que diferencia o surto
atual do de 2022? 

Esse surto ainda está mais restrito a países da África (especialmente, República Democrática do Congo), mas pode se espalhar para todo o mundo. Nesses locais foi detectada uma nova variante do vírus mpox.

Na prática, o que significa uma emergência global em saúde e como isso afeta o Brasil? 

É um problema de saúde que exige das autoridades sanitárias a adoção de medidas imediatas para seu controle, em especial, as que restringem direitos individuais (por exemplo, quarentena, isolamento, exame compulsório) ou que justifique a mobilização de recursos (humanos, infraestrutura, financeiros). Desde já, é preciso intensificar as medidas de prevenção e controle da doença, no Brasil. Redobrar a vigilância dos diagnósticos dos casos e isolamentos. Se tivermos um aumento expressivo do número de casos, o Ministério da Saúde vai intensificar essas ações proporcionalmente.

O Brasil está bem preparado para a mpox, caso haja um aumento considerável dos casos?

Sim, mas haverá dificuldade de acesso ao tratamento antiviral e à vacina, pois a disponibilidade mundial é restrita para esses insumos. No surto anterior, várias ações foram exitosas e podem ser reimplantadas.

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