Como é a boca do elefante? Essa pergunta pode parecer sem sentido em um primeiro momento, mas é fundamental para entender a anatomia singular dos mamíferos gigantes. Pesquisadores Universidade Humboldt de Berlim, na Alemanha, descobriram que os animais apresentam bigodes, e que o lugar onde nascem esses bigodes está diretamente relacionado ao fato deles serem destros ou canhotos.
A maioria dos mamíferos têm algum tipo de bigode, chamado de vibrissa facial. Ao contrário dos seres humanos, os bigodes dos animais não se referem apenas aos pelos acima do lábio superior, mas podem estar em outras partes da face.
No caso do elefante, as vibrissas podem ser no lábio superior, e submental, e no lábio inferior. Ou seja, nos "parâmetros" usados para os humanos, pode-se dizer que o elefante tem “barba e bigode”. “Estudei bigodes durante toda a minha vida, mas nunca vi uma boca de mamífero como esta”, é o que relata o diretor do estudo, Michael Brecht, professor da Universidade Humboldt de Berlim, Alemanha, ao portal de ciência IFLScience.
Como a tromba do mamífero é uma fusão entre o nariz e o lábio superior, as vibrissas místicas aparecem nas laterais do lábio inferior, uma parte da tromba que encosta na boca. Mas não é só nessa parte que os bigodes aparecem. Eles ainda possuem bigodes curtos, microvibrissas, nas laterais do lábio inferior, e bigodes mais longos embaixo do lábio, semelhante a uma “barbicha”.
A posição dos bigodes nas laterais é incomum entre os mamíferos e está relacionada com o modo de vida dos elefantes. Isso porque o animal usa a tromba para pegar os alimentos e coloca na boca pelas laterais. De acordo com a preferência do lado da boca em que coloca a comida, uma preferência individual, os elefantes podem ser classificados em destros ou canhotos.
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