A Agência Espacial dos Estados Unidos (a National Aeronautics and Space Administration, Nasa) anunciou, nesta segunda-feira (15/4), os planos para o retorno de amostras de rocha e solo de Marte, previstos para 2040. O comunicado feito pelo administrador da Agência, Bill Nelson, avalia que que as amostras ajudarão a entender a formação e evolução do planeta e do Sistema Solar.
Nos último anos, a Nasa tem feito esforços para determinar a história de Marte, parte do esforço é o retorno de amostras do planeta. Um dos meios de coleta é o rover Perseverance que está coletando amostras para o futuro retorno à Terra desde que pousou em Marte em 2021.
"A Mars Sample Return será uma das missões mais complexas que a Nasa já realizou. O resultado final é que um orçamento de US$ 11 bilhões, e a data de retorno em 2040 é muito distante", comentou Nelson.
"Aterrissar e coletar as amostras com segurança, lançar um foguete com as amostras em outro planeta — o que nunca foi feito antes — e transportar as amostras com segurança por mais de 33 milhões de milhas de volta à Terra não é uma tarefa fácil ", acrescentou o administrador.
A agência também divulgou a resposta da Nasa a um relatório do Conselho de Revisão Independente de Retorno de Amostras de Marte de setembro de 2023. O conselho de revisão disse que "problemas técnicos, riscos e desempenho até o momento indicam uma probabilidade quase nula" de que vários aspectos da missão estejam prontos para lançamento no atual cronograma, que era anteriormente de 2028.
No comunicado de Nelson, a Nasa deve pedir em breve ao setor aeroespecial propostas de arquitetura que possam devolver as amostras na década de 2030 e reduzir o custo, o risco e a complexidade da missão.
"A Nasa faz ciência visionária e o retorno de amostras diversas e cientificamente relevantes de Marte é uma prioridade fundamental", disse Nicky Fox, administrador associado da Diretoria de Missão Científica.