EXPECTATIVA DE VIDA

Pandemia de covid-19 reduziu expectativa de vida global, mostra estudo

De acordo com pesquisa, a expectativa de vida da população mundial diminuiu pouco mais de um ano e meio entre 2019 e 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o fim da o fim da Emergência de Saúde Pública relacionada à covid-19 há cerca de 10 meses. Porém, os impactos da pandemia continuam sendo estudados e sentidos pela população. Uma pesquisa publicada na revista The Lancet estima que a pandemia reduziu a expectativa de vida da população mundial em pouco mais de um ano e meio.

Antes da covid-19, a expectativa de vida vinha aumentando, passando de 49 anos em 1950 para mais de 73 anos em 2019. No entanto, entre 2019 e 2021, esta tendência histórica foi revertida.

De acordo com o estudo, a pandemia resultou em um aumento na mortalidade global entre todas as pessoas com mais de 15 anos - 22% para os homens e 17% para as mulheres entre 2019 e 2021.

Austin Schumacher, um dos autores da pesquisa, destaca ao New Atlas que, comparados com outros desastres vivenciados pela humanidade, a pandemia deixou um rastro de consequências mais profundas. “Para os adultos de todo o mundo, a pandemia da covid-19 teve um impacto mais profundo do que qualquer evento visto em meio século, incluindo conflitos e desastres naturais”, comenta.

Os pesquisadores analisaram dados de 204 países e apenas 32 deles conseguiram aumentar a esperança de vida entre 2019 e 2021. Esses países incluem Austrália, Nova Zelândia, Japão, Islândia, Irlanda e Noruega.

O Peru e a Bolívia foram algumas das nações que mais sofreram com essa situação. Além disso, a Cidade do México se destacou por apresentar uma redução em comparação com outras regiões.

Mortalidade infantil continua em queda

Nem todas as estimativas do Global Burden of Disease do IHME são ruins. A mortalidade infantil diminuiu 7% no mesmo período, com meio milhão de mortes a menos em crianças menores de 5 anos em 2021 em comparação com 2019.

Embora haja progressos globais, existem disparidades nas taxas de mortalidade infantil entre regiões, sendo as taxas mais elevadas registradas no Sul da Ásia e na África Subsariana.

 

 

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