Pesquisadores da Escola de Medicina Keck, da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram que a proteína Piezo1 desempenha um papel crucial na regulação da atividade de células imunológicas pulmonares diante de substâncias alergênicas. O estudo, detalhado no Journal of Experimental Medicine (JEM), sugere que a ativação de Piezo1 pode oferecer uma nova abordagem terapêutica para reduzir a inflamação pulmonar e tratar a asma alérgica.
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As células chamadas linfoides inatas tipo 2, também conhecidas como ILC2s, residem nos pulmões, pele e outros tecidos corporais. Quando expostas a alérgenos, as ILC2s são ativadas, desencadeando uma resposta imunológica que pode levar à inflamação excessiva e obstrução das vias aéreas em pacientes asmáticos.
"Dada a importância das ILC2s na asma alérgica, é crucial desenvolver novas abordagens baseadas em mecanismos para direcionar esses fatores inflamatórios nos pulmões", afirmou, em nota, Omid Akbari, professor da Keck.
Durante o trabalho, os cientistas descobriram que, quando ativadas por alérgenos, as ILC2s começam a produzir a proteína Piezo1, que modula sua atividade. Piezo1 forma canais nas membranas celulares que respondem a mudanças no ambiente celular, permitindo a entrada de cálcio e alterando a atividade das células.
Reações
A equipe notou que, na ausência de Piezo1, as ILC2s de camundongos ficaram mais ativas em resposta a alérgenos, resultando em aumento da inflamação das vias aéreas. Por outro lado, o tratamento com Yoda1, um medicamento que ativa os canais Piezo1, reduziu a atividade das ILC2s, diminuiu a inflamação e aliviou os sintomas.
Os pesquisadores também observaram que o tratamento com Yoda1 reduziu a hiperreatividade das vias aéreas e a inflamação pulmonar nos animais cujas ILC2s foram substituídas por células imunes humanas, sugerindo o potencial terapêutico do Yoda1 na modulação das ILC2s em pessoas asmáticas.
Akbari enfatiza a necessidade de mais estudos para compreender o papel dos canais Piezo1 em humanos e desenvolver terapias baseadas na proteína.
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