Uma série de estudos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) apresentou um dos maiores levantamentos sobre como os planetas surgem. As imagens feitas no Chile por meio do Very Large Telescope (VLT) da ESO reúne observações de 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia que podem ter processos de formação planetária acontecendo em volta delas.
De acordo com os cientistas, as imagens captam a diversidade de discos de formação de planetas. “Outros mostram anéis e grandes cavidades escavadas pela formação de planetas, enquanto outros parecem suaves e quase adormecidos em meio a toda essa agitação de atividade ”, diz Antonio Garufi, astrônomo do Observatório Astrofísico de Arcetri, do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica (INAF) e autor principal de um dos estudos publicados.
O estudo contou com a participação de pesquisadores de 10 países e captou imagens de estrelas nas regiões de Taurus e Chamaeleon I, a cerca de 600 anos-luz da Terra, e Orion, a cerca de 1.600 anos luz, conhecida por conter estrelas mais massivas que o sol. “ É quase poético que os processos que marcam o início da jornada rumo à formação dos planetas e, em última análise, da vida no nosso próprio Sistema Solar sejam tão bonitos ”, afirmou Per-Gunnar Valegård, doutorando da Universidade de Amsterdam e líder do estudo Orion.
A equipe pretende se aprofundar nas pesquisas sobre formação de planetas com o Extremely Large Telescope (ELT), equipamento do ESO que deve ainda deve ser lançado. As imagens captadas pelo dispositivo vão permitir que cientistas analisem as regiões mais internas dos anéis em volta de estrelas jovens, onde podem se formar planetas rochosos como a Terra.
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