Os incêndios florestais na América do Sul, especialmente no Brasil, Venezuela e Bolívia estão causando níveis de emissões de carbono que não eram vistos há mais de 20 anos na atmosfera. Esse é um alerta feito, ontem, pelo serviço de monitoramento europeu Copernicus. "A temporada de incêndios nas regiões tropicais do continente está se aproximando do seu ponto máximo", frisa Copernicus no comunicado.
- O experimento com antimatéria congelada que pode ajudar a entender a origem do Universo
- Casos de Parkinson são mais frequentes em regiões com forte uso de pesticidas
"Foi observada uma alta intensidade de incêndios florestais e emissões na floresta amazônica do Norte, especialmente em (...) Roraima, o que resultou nas maiores emissões de carbono registradas para fevereiro desde, pelo menos, 2003, não apenas para Roraima, mas para o Brasil como um todo", acrescenta o texto.
Segundo o observatório, outros países da América do Sul, como Venezuela e Bolívia, também passando pelas maiores emissões para o mesmo período desde 2003, explica o Copernicus. Durante fevereiro, as emissões estimadas para o Brasil e a Venezuela foram, respectivamente, de 4,1 e 5,2 megatoneladas de carbono.
Na Bolívia, a quantidade foi de 0,3 megatonelada. "Nossas previsões de composição atmosférica também mostram que o transporte de fumaça está cobrindo uma grande área da região e causando um aumento da poluição do ar em áreas povoadas", comentou o especialista citado no comunicado, Mark Parrington, do serviço europeu.
Falta de espaço
O volume de resíduos no mundo atingiu 2,3 bilhões de toneladas em 2023 e continuará crescendo exponencialmente, até 3,8 bilhões em 2050, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU). O problema será ainda pior nos países onde os métodos de tratamento ainda são poluentes, como aterros sanitários — que causam contaminação do solo, emissões de poluentes e gases com efeito estufa, como o metano — e incineração a céu aberto. "Apesar dos esforços, pouco mudou", sublinha o relatório nomeado Transformando resíduos em recursos, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). De acordo com relatório. Nos países ricos, o essencial é coletado, mas nas nações mais pobres, a taxa é inferior a 40%. A estimativa é que de 400 mil a 1 milhão de pessoas morrem todos os anos de doenças relacionadas à má gestão de resíduos, como diarreia, malária, câncer ou problemas cardiovasculares.
Saiba Mais