Um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) irá cair na Terra até esta quarta-feira (21/2), informou o centro aeroespacial. O objeto foi lançado em 1995 e é denominado pela ESA de European Remote Sensing 2 (ERS-2). O equipamento está desativado desde 2011, após cumprir suas missões de observação da Terra.
De acordo com a ESA, o satélite — que está a cerca de 80 quilômetros acima da superfície da Terra — será destruído e queimado quando entrar em contato com a atmosfera. A Agência Espacial Europeia, porém, diz ser impossível prever exatamente onde os detritos do ERS-2 cairão, mas que provavelmente será no oceano.
As atualizações sobre a queda do equipamento podem ser acompanhadas pelo site da ESA. A queda do objeto dependerá da influência da atividade solar, que afeta a densidade da atmosfera da Terra. Por isso, reforça a ESA, é impossível afirmar o momento exato da queda do satélite.
Cerca de 80 quilômetros acima da superfície da Terra, espera-se que o satélite se quebre e a maioria dos fragmentos queime na atmosfera. A agência disse que alguns fragmentos podem chegar à superfície do planeta, mas não conterão substâncias nocivas e provavelmente cairão no oceano.
As chances de uma pessoa ser ferida por detritos espaciais a cada ano são inferiores a 1 em 100 bilhões, cerca de 1,5 milhão de vezes menor do que o risco de morrer em um acidente doméstico, segundo a agência.
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ERS-2
O ERS-2 foi o satélite mais sofisticado do gênero na época a ser desenvolvido e lançado pela Europa. No espaço, ele recolheu dados valiosos sobre as calotas polares, oceanos e superfícies terrestres do planeta e observou desastres como inundações e terremotos em áreas remotas. Os dados coletados pelo ERS-2 ainda são utilizados hoje, segundo a agência.
Embora se concretize nesta semana, a decisão de retirar o ERS-2 de órbita foi tomada em 2011, pois os técnicos da ESA queriam evitar lixo espacial. O satélite executou 66 manobras de desorbitação em julho e agosto de 2011, antes da missão ser oficialmente concluída no fim daquele ano, em 11 de setembro.
Esses movimento consumiram o restante do combustível do satélite e diminuíram sua altitude, colocando a órbita do ERS-2 em uma trajetória para retornar para a Terra dentro de 15 anos.