O rei Charles III, de 75 anos, foi diagnosticado com câncer. O anúncio ocorreu por meio das redes sociais da família real, na segunda-feira (5/2). Desde janeiro, o monarca britânico estava internado para tratar um aumento benigno da próstata, mas, de acordo com o Palácio de Buckingham, foi confirmado um outro tipo de tumor maligno em estágio inicial. Não foi informado o tipo de câncer.
O Correio conversou com Patrícia Werlang Schorn, oncologista clínica e professora no curso de medicina do Centro Universitário do Planalto Central Aparecido dos Santos (Uniceplac), que explicou sobre o diagnóstico e a atenção a alguns sintomas.
Denomina-se a doença em estágio inicial ou localizado quando o câncer está mais evoluído que o estágio 0, e menos agressivo que estágios posteriores. Quanto mais cedo um tumor for identificado, maiores as chances de cura. Entretanto, os sinais e sintomas podem ser "disfarçados" e só aparecer quando estiver em estágios mais avançados.
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“De modo geral, o diagnóstico correto é feito por meio de uma biópsia, que consiste na retirada de um fragmento de tecido da lesão suspeita. Exames de imagem ou de sangue podem ajudar no diagnóstico, mas a certeza se dá com a realização desta biópsia”, detalha Patrícia.
Como nem todos os tipos de câncer são sintomáticos ou podem demorar para dar sinais, Patrícia afirma a importância dos exames de rotina para a descoberta da doença. "Em geral, quando os sintomas existem, a doença já deixou de ser inicial. Não é uma regra, mas geralmente é assim que acontece. Por isso, visitas periódicas a um especialista são importantes. Estar atento aos sintomas específicos, ao órgão doente, também pode contribuir para um diagnóstico precoce", explica.
Além disso, Patrícia cita sintomas específicos do órgão doente que também podem contribuir para um diagnóstico precoce. “Falta de ar pode estar associado a câncer de pulmão; sangramento nas fezes ou mudança do hábito intestinal ao câncer de intestino; dores ósseas difusas podem estar relacionadas ao câncer ósseo; nódulos mamários, ao câncer de mama. Mas é importante observar que, embora muitos sintomas não sejam determinantes do câncer, eles ajudam na investigação ou chamam a atenção para alguma alteração que possa necessitar de avaliação médica”, acentua.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
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