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Dengue hemorrágica: como identificar sintomas e quais os grupos de risco

Segundo infectologista, os sintomas que podem levar ao agravamento da doença são; dor abdominal, vômito, diminuição da pressão arterial e tontura. É importante ficar atento aos sintomas

Estudos mostram que pessoas na segunda infecção têm maior risco de evoluir para a dengue grave -  (crédito: Reprodução/Freepik)
Estudos mostram que pessoas na segunda infecção têm maior risco de evoluir para a dengue grave - (crédito: Reprodução/Freepik)

O quadro de dengue grave, também conhecida como dengue hemorrágica, ocorre quando a doença afeta as plaquetas — células do sangue responsáveis pela coagulação, causando hemorragias. Mas, o que poucos sabem é que os sintomas que levam ao quadro grave da doença é a febre e desidratação.

Segundo o infectologista André Ricardo Ribas Freitas, professor de epidemiologia da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic. A população precisa ser conscientizada, pois o principal sintoma da dengue grave não é o sangramento. “Ao se valorizar muito o sangramento, não procuram o serviço de saúde e acabam negligenciando os principais sintomas”, disse. O problema real é o quadro de febre e desidratação.

O quadro da dengue grave se deve aos sintomas de dor abdominal, vômito, diminuição da pressão arterial e tontura, levando ao quadro de febre e desidratação, que ocasiona a perda da capacidade de manter água dentro do vaso sanguíneo. “Então, o paciente não sangra, vaza plasma -—parte líquida do sangue — levando ao choque hipovolêmico. É importante manter o paciente bem hidratado”, completou André.

As pessoas mais suscetíveis a desenvolver a dengue grave são as consideradas vulneráveis, na faixa etária extrema, ou seja, menores de cinco anos e pessoas acima dos 60 anos. “Inclui-se no grupo as pessoas adoecidas; com diabetes descontrolada, asma brônquica, pessoas que estão em tratamento de quimioterapia, em hemodiálise, e que fazem  uso de imunobiológicos e as imunossuprimidas. Estudos mostram que os indivíduos que sofrem uma segunda infecção têm maiores riscos de evoluir para a dengue hemorrágica e merecem atenção ”, aponta Eliana Bicudo, médica infectologista da Clidip vacinas.

De acordo com o Instituto Butantan, em caso de apresentação dos sintomas, deve-se procurar atendimento médico urgente, pois, o período que compreende das 24h às 48h posteriores é determinante para evitar complicações e morte. 

Tratamento

O principal tratamento da dengue hoje é a reposição de líquidos e, em casos avançados, se houver sangramento, a reposição de plaquetas. Medicamentos também podem ser usados para controlar os sintomas de dor, como paracetamol. É importante evitar medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno e aspirina, já que eles afinam o sangue e aumentam o risco de hemorragias.

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco 

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postado em 06/02/2024 17:15 / atualizado em 20/02/2024 16:42
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