De acordo com os dados divulgados no Painel de Monitoramento de Casos de Arboviroses do Ministério da Saúde, o Distrito Federal lidera o ranking em proporção de casos de dengue registrados apenas em janeiro de 2024. O aumento dos casos deixa claro que os cuidados contra a devem ser redobrados.
Além de tomar medidas preventivas, como: evitar deixar água parada, colocar garrafas vazias de cabeça para baixo, eliminar a água acumulada em plantas e outros, é importante fazer o uso de repelentes. O produto pode ser eficaz na proteção contra o mosquito da dengue, ajudando a prevenir as picadas. Porém, vale lembrar que, nenhum repelente é 100% eficaz e por isso uso de roupas que deixam menos pele exposta pode ajudar na verdadeira luta contra a doença.
A médica pós-graduada em dermatologia clínica, estética e cirúrgica, Nicolly Machado, detalha como escolher os produtos. “Os repelentes mais eficientes contra o mosquito da dengue são aqueles que contêm os ingredientes ativos icaridina (picaridina) e DEET. Esses ingredientes têm demonstrado serem eficazes na repelência de mosquitos, incluindo o mosquito da dengue”, detalha.
Aplicação e eficiência
Para que o produto tenha eficácia, é importante aplicar de maneira correta e seguir as instruções do fabricante. “São vários modos de aplicação de acordo com a textura e a concentração (de) ativos. Geralmente, é recomendado aplicar o repelente em todas as áreas expostas do corpo, incluindo braços, pernas e pescoço e até rosto. Lugares frequentemente esquecidos são pés, mãos e orelhas. No entanto, não é necessário aplicar o repelente em áreas do corpo que estão cobertas por roupas”, afirma.
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E em caso de bebês, crianças e grávidas? Nicolly explica que nesses casos, o uso de repelente deve seguir sempre recomendações médicas, mas no geral, são recomendados produtos com concentrações mais baixas de icaridina ou DEET.
Na hora de escolher o produto é importante estar atento a certas informações, entre elas a concentração de icaridina e DEET. "É recomendado que o repelente contenha pelo menos 20% de Icaridina ou 30% de DEET para uma maior eficácia contra o mosquito da dengue. Não há diferença significativa na eficácia entre repelentes em spray e em creme. Ambos podem fornecer proteção se aplicados corretamente”, explica Nicolly.
Ainda que o uso seja fundamental, é necessário estar atento na frequência. “O repelente deve ser reaplicado de acordo com as instruções do fabricante, geralmente a cada 4 a 6 horas, ou com mais frequência se você estiver suando excessivamente ou nadando. Porém se não está em uma área de alta exposição, o ideal é que não seja aplicado o dia todo, o contato dessas substâncias com a pele pode expor a maiores riscos de alergias e dermatites”, alerta.
Para aquelas pessoas que têm o costume de fazer o uso do protetor solar, há sim uma solução. “Quanto ao protetor solar com repelente, embora possa fornecer alguma proteção adicional contra picadas de mosquito, é importante lembrar que a eficácia na prevenção da dengue pode ser limitada. É melhor usar um repelente separado em combinação com o protetor solar para uma proteção mais completa”.
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