Igualdade de gênero

Homens da geração Z acham feminismo mais prejudicial do que os das anteriores

Na Inglaterra, um a cada quatro adultos e adolescentes de 16 a 29 anos acredita ser mais difícil ser homem do que mulher, aponta pesquisa

Os homens da geração Z são os que mais acreditam que o feminismo fez mais mal do que bem para a sociedade — são 16%, contra 15% dos homens entre 30 a 59 anos e 13% de homens acima de 60 anos -  (crédito: Reprodução/Freepik)
Os homens da geração Z são os que mais acreditam que o feminismo fez mais mal do que bem para a sociedade — são 16%, contra 15% dos homens entre 30 a 59 anos e 13% de homens acima de 60 anos - (crédito: Reprodução/Freepik)

Homens e adolescentes da geração Z são mais prováveis de achar que o feminismo é mais prejudicial do que benéfico para a sociedade, aponta pesquisa publicada nesta quinta-feira (1º/2) pelo Instituto Global para a Liderança das Mulheres da Universidade King's College de Londres. O estudo ouviu 3.716 pessoas acima de 16 anos, entre homens e mulheres de diferentes gerações.

De acordo com o levantamento, um a cada quatro homens britânicos entre 16 a 29 anos, faixa etária que forma a geração Z, acredita que é mais difícil ser homem do que mulher. Além disso, os homens da geração Z são os que mais acreditam que o feminismo fez mais mal do que bem para a sociedade — são 16%, contra 15% dos homens entre 30 a 59 anos e 13% de homens acima de 60 anos.

Em relação à qualidade de vida, 21% dos homens da geração Z acreditam que as mulheres vivem melhor do que os homens. O percentual é inferior nas gerações anteriores (17% entre 30 a 59 anos e 13% acima de 60 anos). Perguntados sobre o termo "masculinidade tóxica", 37% dos homens da geração z acreditam que é uma expressão inútil.

Os números indicam que pode haver uma ruptura entre a geração Z, apontam os cientistas. "Este é um padrão geracional incomum. Normalmente, as gerações mais novas tendem a aceitar melhor o surgimento de novos padrões sociais, já que cresceram com eles naturalmente em suas vidas", aponta Bobby Duffy, diretor do Instituito de Políticas da King's College.

"Ainda estamos descobrindo o que causa essa polarização, mas é provável que seja por causa das redes sociais. O fato de este grupo ser o primeiro a buscar a maior parte de suas informações nas redes pode ser ao menos parte da explicação", supõe Rosie Campbell, diretora do Instituto Global para a Liderança das Mulheres da Universidade.

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postado em 01/02/2024 12:55 / atualizado em 01/02/2024 12:59
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