A Universidade de São Paulo (USP) entrou para o livro dos recordes, o Guiness 2024, por uma descoberta realizada em 2021: o Paratethys, um megalago de 2,8 milhões de quilômetros quadrados que se estendia sobre a Eurásia, continente que existia há cerca de 11 milhões de anos.
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O lago se estendia do leste dos Alpes até o Cazaquistão, de acordo com a pesquisa do Instituto Oceanográfico da USP, em parceria com universidades da Holanda, Rússia, Alemanha e Romênia. A descoberta tornou o Paratethys o maior lago de todos os tempos pelo ranking. A estimativa dos pesquisadores é que o corpo de água possuía mais de 1,8 milhão de quilômetros cúbicos preenchidos com água salobra.
O Paratethys é estudado há cerca de 100 anos, mas o estudo da USP, publicado em 2021 e liderado pelo paleo-oceanófrago Dan Palcu, foi o primeiro a descobrir que a massa de água era um lago, e não um mar. "Em algum momento, o megalago se desconectou dos oceanos e, isolado no continente por cinco milhões de anos, passou a desenvolver uma fauna e uma flora completamente diferentes”, disse o pesquisador, na época, ao Jornal da USP.
O processo de análise dos pesquisadores contou com anos de expedições ao leste europeu e asiático, além da análise de medidas paleomagnéticas. Estas foram realizadas por meio da comparação do campo magnético de amostragens das formações rochosas daquela época com a crosta terrestre atual, a fim de entender a cronologia de formação e dessecação do lago.
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