Câncer

Saiba o que é Leucemia Mieloide Aguda, diagnóstico de Fabiana Justus

A LMA é o tipo mais comum de leucemia, câncer que atinge mais de 11 mil pessoas a cada ano no Brasil

"Começando a maior batalha da minha vida", disse a influenciadora. - (crédito: Reprodução/Instagram (@fabianajustus))

Na noite de quinta-feira (25/1), a empresária e influenciadora Fabiana Justus, de 37 anos, anunciou em suas redes sociais que enfrenta a leucemia mieloide aguda, um dos tipos de câncer hematológico. Fabiana está internada e realiza a primeira fase do seu tratamento. "Vim para o pronto-socorro por conta de uma dor nas costas esquisita e febre e, desde então, não saí mais", disse a influenciadora.

A leucemia mielóide aguda (LMA) é o tipo mais comum de leucemia, responsável por 80% dos casos deste tipo de câncer em adultos. São estimados 11.540 novos casos de leucemias todo o ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de ser a variação mais comum da leucemia, a chance de uma pessoa desenvolver a mielóide aguda ao longo da vida é de 1%.

A LMA atinge a medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas. "Ela ocorre por erro genético que vai levar a uma produção inadequada de glóbulos brancos (leucócitos), além de haver uma parada de maturação e disfunção celular. Além disso, a presença desses leucócitos errados impede o desenvolvimento normal de outras células, como hemácias e plaquetas", explica Luiz Henrique Athaides Ramos, hematologista da Oncoclínicas Brasília.

Os leucócitos têm como função proteger o organismo contra infecções. Dessa forma, quando é desenvolvida a LMA, há chances de o paciente apresentar anemia e infecções. "As consequências disso são sintomas como cansaço, falta de ar, dores musculares, sonolência, além de haver sangramentos e infecções", informa o profissional.

A doença não é causada por fatores hereditários, mas por alterações genéticas adquiridas que levam ao surgimento do câncer. Alguns fatores de risco que podem colaborar para o surgimento da patologia são: exposição a agentes químicos (como o benzeno), doenças sanguíneas (mielodisplasia), doenças genéticas (Anemia de Fanconi, síndrome de Down, entre outras) e radioterapia ou quimioterapia prévias.

Embora a leucemia mielóide aguda seja agressiva, quando descoberta e tratada o quanto antes, as possibilidades de remissão são positivas. "O tratamento envolve quimioterapia, em algumas situações terapia-alvo com drogas especíicas e, em boa parte, transplante de medula óssea", expõe Athaides.

Fabiana Justus, por sua vez, está confiante que irá conseguir bons resultados em seu tratamento. "Minha vida virou de cabeça para baixo, mas tenho certeza que vai virar de volta", afirmou em suas redes.

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postado em 26/01/2024 17:04 / atualizado em 26/01/2024 17:10
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