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Alergias: entenda como identificá-las e tratá-las

Identificá-las é um processo complexo, que pode envolver desde análises clínicas específicas até observação atenta dos sintomas recorrentes

 A identificação da alergia só é possível depois da manifestação de um primeiro sintoma  -  (crédito: wirestock/Freepik)
A identificação da alergia só é possível depois da manifestação de um primeiro sintoma - (crédito: wirestock/Freepik)

As alergias, apesar de sua importância primordial, frequentemente escapam ao conhecimento prévio de grande parte da população. Identificá-las é um processo complexo, que pode envolver desde análises clínicas específicas até observação atenta dos sintomas recorrentes. A compreensão desses processos de identificação e tratamento é fundamental para garantir uma qualidade de vida melhor para aqueles que convivem com alergias.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as alergias são “reações adversas desencadeadas por uma resposta imunológica específica que ocorrem de forma reprodutível em indivíduos sensíveis”. A identificação só é possível depois da manifestação de um primeiro sintoma.

Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, reforça que não existe nenhum teste que detecte a possibilidade de ter alguma alergia. Estes são apenas confirmativos do diagnóstico, que deve ser investigado depois dos indicativos iniciais de que há algo errado.

A profissional afirma que apesar de não haver sinal prévio, exceto a manifestação dos sintomas, a hereditariedade é um bom indicativo. “Se um dos pais é alérgico, a chance do filho ser alérgico é de 40%. Se os dois pais são alérgicos as chances dobram, chegando a 80%”, explica Julinha Lazaretti.

O que fazer depois da identificação sintomática?

Depois da percepção dos sintomas de uma possível alergia, é essencial adotar medidas assertivas para gerenciar e mitigar potenciais riscos à saúde. O primeiro passo envolve consultar um profissional especializado, como um alergista, que pode conduzir testes específicos para confirmar a natureza da alergia e determinar os alérgenos desencadeantes.

Com base nos resultados, o paciente pode ser orientado sobre estratégias preventivas, como evitar o contato com substâncias alergênicas, fazer modificações na dieta ou adotar medidas específicas para minimizar a exposição a alérgenos ambientais.

Além disso, é vital que o paciente seja educado sobre o uso adequado de medicamentos prescritos para controlar os sintomas alérgicos. Antialérgicos, corticosteroides e epinefrina podem ser recomendados, dependendo da gravidade da reação alérgica, sendo avaliados caso a caso.

O uso de produtos adequados a partir de um diagnóstico também é uma boa medida de tratamento. Julinha Lazaretti conta que sua marca surgiu a partir das necessidades de sua sobrinha, diante de uma carência na disponibilidade de produtos hipoalergênicas no cenário nacional. “Hoje, a Alergoshop conta com itens para cuidado corporal e capilar, maquiagens, esmaltes, capas protetoras, acaricida, produtos de limpeza, entre outros compostos voltados para o bem-estar da pessoa que enfrenta alergias”.

A bióloga evidencia que um fator fundamental para garantir a segurança no uso de produtos quando se tem alergias, é verificar suas fórmulas. “Desenvolvemos itens livres de 95 substâncias nocivas à saúde. É fundamental atentar-se à presença de compostos perigosos e evitá-los, como forma de prevenir o desencadeamento de crises”.

Existe cura?

“A resposta é não. As alergias são doenças crônicas, mas é possível ter uma vida normal seguindo alguns passos importantes como descobrir qual a substância que desencadeia as reações através de testes em consultórios e, posteriormente, evitar o contato”, explica Julinha. Em alguns casos, as alergias se silenciam na fase adulta, mas podem ressurgir em determinados momentos como na gravidez, em períodos de estresse ou durante exposição a uma quantidade excessiva de alérgenos.

A bióloga esclarece que, nos casos de alergia alimentar, é possível fazer a dessensibilização por meio de vacinas como é o caso da alergia a leite. Nessa condição, mínimas doses das proteínas do leite são oferecidas à criança seguindo um protocolo rígido de espaço e tempo. O processo é sempre feito em consultórios sob supervisão de um alergista, até que o corpo entenda que aquela é uma substância inofensiva.

Julinha elucida que também é possível fazer esse procedimento para ácaros, mas é recomendado nos casos mais severos de rinite e asma, uma vez que é um tratamento longo e custoso e não há confirmação de que erradicará as reações. “A ação as torna mais leves e, quando associada aos cuidados ambientais (capas nos colchões, evitar mofo na casa, limpeza de carpetes e tapetes), pode promover uma melhora grande na qualidade de vida dos alérgicos”.

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postado em 15/01/2024 15:31 / atualizado em 15/01/2024 15:31
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