Quase quatro meses após capturar uma amostra histórica do asteroide Bennu, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) anunciou que finalmente conseguiu remover os últimos suportes que impediam o acesso à mostra histórica da rocha espacial, coletada pela sonda OSIRIS-REx.
Os suportes na cabeça do amostrador mantiveram-se imóveis por quase quatro meses, impedindo que os técnicos da Nasa conseguissem abrir totalmente o recipiente sem alterar a pureza da amostra.
A equipe de pesquisadores da Nasa se viu com um grande desafio nas mãos quando dois dos 35 fixadores não puderam ser removidos com as ferramentas convencionais. Em trabalho conjunto, engenheiros e cientistas desenvolveram novas ferramentas feitas de um tipo específico de aço inoxidável cirúrgico não magnético, testado rigorosamente antes do uso no laboratório.
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"A inovação e a dedicação desta equipe têm sido notáveis. Estamos todos entusiasmados em ver o tesouro restante que a OSIRIS-REx possui”, disse Eileen Stansbery, chefe da divisão ARES do Johnson Space Center da NASA, em entrevista ao portal Iflscience. Já a Dra. Nicole Lunning, curadora do OSIRIS-REx na Johnson, destacou o desafio de projetar ferramentas que atendessem às rigorosas restrições de material impostas pela curadoria, protegendo assim o valor científico da amostra do asteroide.
Cerca de 70,3 gramas de material do asteroide Bennu já foram coletados até o momento, superando as expectativas da missão. Uma parte dessa amostra já está disponível para o público, proporcionando uma visão única do asteroide que representa uma janela para os primórdios do Sistema Solar.
O estudo das propriedades físicas e químicas do asteroide Bennu pode ainda fornecer pistas cruciais sobre os processos de formação planetária ocorridos há 4,5 bilhões de anos. Para os pesquisadores, o sucesso na remoção dos fixadores é mais um passo em direção à compreensão profunda desses blocos de construção cósmicos.
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