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Dedos da mesma pessoa podem ter impressões digitais diferentes

Os engenheiros da Universidade de Columbia criaram uma inteligência artificial que mostra que dedos da mesma pessoa podem ter impressões diferentes

O estudo foi feito com base em dados públicos do governo dos EUA -  (crédito: Reprodução Unsplash)
O estudo foi feito com base em dados públicos do governo dos EUA - (crédito: Reprodução Unsplash)

A faculdade de engenharia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, criou uma inteligência artificial (IA) que mostra a diferença entre as impressões digitais dos dedos da mesma pessoa. As impressões de dedos diferentes são chamadas de “impressões digitais intrapessoais”.

A pesquisa usou como exemplo as investigações criminais, em que as digitais são uma prova quase concreta de culpabilidade, mas a pesquisa mostra que se uma pessoa deixa impressões de dedos diferentes em cenas de crimes diferentes talvez não seja possível fazer a ligação.

O estudo foi feito com base em dados públicos do governo dos EUA que tem 60 mil impressões digitais e introduziu-as aos pares num sistema baseado em inteligência artificial conhecido como rede contrastiva profunda. Os sistema, então, fazia pares com as digitais, mas nem sempre eram pertencentes as mesmas pessoas.

Os pesquisadores acreditam que a IA tem potencial para melhorar a precisão forense, por ter se tornado mais preciso sobre impressões digitais que pertencem à mesma pessoa. A precisão para um único par atingiu 77%. Quando foram apresentados vários pares, a precisão aumentou a atual eficiência forense em mais de dez vezes.

Para precisão, a IA está fazendo análises com base nos ângulos e curvaturas dos redemoinhos no centro da impressão digital. A expectativa é de que com o aumento na base de dados o sistema fique ainda mais preciso.

Por enquanto, a precisão do sistema não é suficiente para decidir oficialmente um caso, mas pode ajudar em situações ambíguas.

A pesquisa é uma colaboração entre o laboratório Creative Machines de Hod Lipson na Columbia Engineering e o laboratório Embedded Sensors and Computing de Wenyao Xu na University at Buffalo, SUNY e foi publicado na Science Advances.

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postado em 10/01/2024 13:21 / atualizado em 10/01/2024 13:25
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