SAÚDE

Aids perde terreno na África do Sul, diz estudo

A África do Sul tem uma das taxas mais elevadas do mundo de infectados pelo HIV, o país representa um terço dos casos africanos

A África do Sul, um dos países do mundo mais castigados pelo HIV, registrou sua primeira queda significativa do número de pessoas infectadas, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (27). 

A porcentagem de sul-africanos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) caiu 1,3% entre 2017 e 2022, passando de 14% para 12,7% da população, segundo o Human Sciences Research Council (HSRC), um instituto público de pesquisa. 

O estudo foi realizado com 76.000 pessoas e aponta que em 2022 cerca de 7,8 milhões dos 62 milhões de sul-africanos eram portadores do vírus, frente aos 7,9 milhões de 2017, data da última pesquisa. 

O HIV destrói a defesa imunológica das pessoas e provoca a aids. 

As razões dessa queda são complexas, destacou Khangelani Zuma, diretor do HSRC e principal pesquisador do estudo. Entre as explicações possíveis, citou o papel da pandemia do coronavírus, que ocorreu durante os cinco anos que separam as duas pesquisas. 

Zuma também disse que "as pessoas vivem com o HIV mais tempo do que antes", sobretudo graças ao uso crescente da terapia antirretroviral, que mudou radicalmente as perspectivas das pessoas infectadas. 

A África do Sul tem uma das taxas mais elevadas do mundo de infectados pelo HIV. O país representa um terço dos casos africanos, com mais de 85.000 mortes anuais por aids nos últimos anos. 

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