Um estudo publicado pela editora iScience mostrou possibilidades de desenvolvimento embrionário de mamíferos no espaço. A pesquisa, que utilizou células fertilizadas de camundongos, busca entender se os mamíferos conseguem se reproduzir normalmente em condições de gravidade próxima a zero.
Para comparar as taxas de desenvolvimento, os embriões foram distribuídos em grupo: dois deles na Estação Espacial Internacional (ISS), onde um ficou em uma centrífuga que simula a gravidade terrestre, e um terceiro grupo na Terra. Essas células foram cultivadas durante quatro dias e alcançaram o segundo estágio de desenvolvimento embrionário, a forma de blastocisto. A sobrevivência dos blastocistos foi significativamente menor no espaço, mas mostrou que, ainda assim, esse desenvolvimento é possível.
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“Os embriões cultivados sob condições de microgravidade desenvolveram-se em blastocistos com números de células normais, massa celular interna, trofectoderme e perfis de expressão genética semelhantes”, explica o artigo. Isso mostra, segundo os pesquisadores, que a gravidade “não teve efeito significativo na formação de blastocistos e na diferenciação inicial de embriões de mamíferos”.
A reprodução e sobrevivência dos mamíferos no espaço é um ponto fundamental para entender se é possível a vida humana fora do planeta Terra. Um fator que diferencia a reprodução desse grupo do restante do reino animal é que, após a fecundação, o desenvolvimento acontece no útero materno, o que torna esse processo ainda mais complicado.
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