A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, sigla em inglês) autorizou nesta quarta-feira (15/11) a SpaceX a realizar o segundo lançamento do Starship, o foguete mais poderoso já construído, após uma tentativa anterior em abril que resultou em uma grande explosão.
Em um comunicado, a FAA afirmou que a empresa de Elon Musk "atendeu aos requisitos de responsabilidade em termos de segurança, meio ambiente, regulamentação e finanças" após o incidente no primeiro teste orbital do Starship.
"Estamos marcando sexta-feira, 17 de novembro, para o segundo voo de teste do Starship", anunciou a SpaceX na rede X, antigo Twitter, após a autorização.
Uma janela de duas horas será aberta para o lançamento às 07h00, horário local (10h00 em Brasília), nas instalações da empresa em Boca Chica, no estado do Texas.
A transmissão ao vivo estará disponível na rede X e no site da SpaceX.
Em 20 de abril, o foguete não tripulado da SpaceX explodiu quatro minutos após o lançamento. O Starship enfrentou várias falhas em seu motor.
O foguete se desintegrou, causando uma grande explosão e caindo no Golfo do México, levantando uma nuvem de poeira que se espalhou por vários quilômetros.
A FAA iniciou rapidamente uma investigação, enquanto grupos conservacionistas anunciaram que processariam a agência por não fazer o suficiente para proteger o meio ambiente, devido à proximidade de suas atividades com habitats de espécies protegidas.
O Starship tem 120 metros de altura e gera 7.600 toneladas de impulso no lançamento, mais do que o dobro da potência dos foguetes Saturn V que levaram a missão Apollo à Lua.
O Starship é projetado para ser reutilizável, e espera-se que ambas as partes do foguete retornem à Terra, reduzindo significativamente os custos.
A SpaceX prevê que ele seja o veículo que eventualmente transportará carga e tripulação para Marte. A Nasa adquiriu uma versão do Starship como módulo de aterrissagem para o programa Artemis, com o qual planeja levar astronautas de volta à Lua na metade desta década.
O plano de voo do novo lançamento será semelhante ao de abril. Após a separação, o Starship continuará a uma altitude "um pouco abaixo da órbita", segundo Musk, e pousará no Oceano Pacífico perto do Havaí.
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