Os casos de sífilis em recém-nascidos multiplicaram-se por dez nos Estados Unidos nos últimos 10 anos, alertaram funcionários de saúde nesta terça-feira (7/11), descrevendo parte de um problema maior, que é o aumento das infecções sexualmente transmissíveis no país.
Mais de 3.700 crianças nasceram com sífilis congênita em 2022, mais de dez vezes o número registrado em 2012, informou, em um comunicado, a agência dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC).
Em nove de cada dez casos, a doença poderia ter sido evitada com exames precoces e tratamento durante a gestação, segundo a CDC.
"A crise da sífilis congênita nos Estados Unidos disparou em um ritmo angustiante", disse a médica-chefe dos CDC, Debra Houry.
Os bebês desenvolvem sífilis no útero se a mãe estiver infectada e não for tratada. Em uma mulher grávida, a sífilis pode causar abortos espontâneos, a morte do recém-nascido ou complicações de longo prazo para o bebê, como a perda da visão ou da audição e más-formações dos ossos.
"A sífilis cresce em todos os grupos etários nos Estados Unidos, inclusive em mulheres em idade reprodutiva e seus parceiros sexuais", disse Houry.
As minorias raciais enfrentam o surto da doença com menos acesso a exames e tratamento.
Os CDC exigiram dos prestadores de serviços de saúde aumentar os exames de detecção em mulheres grávidas, incluindo as tratadas em salas de emergência e programas relacionados ao uso de drogas.
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