Você sabia que mães muitas vezes podem considerar mais importante ganhar recompensas para os filhos do que para si mesmas? Um novo estudo aponta que as respostas cerebrais dessas mulheres é maior quando uma "vitória" é para o filho e não para si.
A pesquisa chinesa foi publicada na revista científica Social Cognitive and Affective Neuroscience, em 13 de setembro deste ano e reuniu 31 mães com filhos com idades entre 2 e 6 anos, enquanto elas tinham entre 20 e 45 anos. As mulheres que participaram eram casadas, saudáveis e possuíam pelo menos um diploma.
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Para participar, as mães tiveram que realizar um jogo em que precisavam apertar rapidamente um botão conforme círculos verdes e vermelhos apareciam em uma tela. Antes de responder, no entanto, uma placa indicava se a vitória daria um prêmio para a própria mãe, para seu filho ou para caridade.
Foram 480 tentativas do jogo e as recompensas eram: uma caixa de creme para as mãos para as mães e os filhos receberam um conjunto de quebra-cabeças.
Durante o jogo, os participantes usaram eletrodos de eletroencefalografia para registrar a atividade cerebral e depois precisaram responder um questionário sobre os sentimentos que tiveram ao ganhar prêmios para elas mesmas, para os filhos ou para caridade.
Mães reagiram mais rápido pelos filhos
O resultado apontou que a maioria das mães tem tempo de reação mais curto para as perguntas que envolviam recompensas aos filhos, seguido de menor tempo de reação para presentes para elas mesmas e depois para caridade.
Além do tempo de reação, as respostas neurais das mães eram mais fortes quando lutavam pelos filhos, mais fracas para elas mesmas e mais fracas ainda para a caridade.
No questionário, as mulheres apontaram que sentiram maior prazer ao ganhar recompensas para o filho do que para doação. Elas também relataram exercer mais esforço nessas condições.
"As descobertas avançam a compreensão dos mecanismos neurais do processamento altruísta de recompensas e sugerem que a prioridade de ganhar uma recompensa para um filho pode transcender os limites do efeito de auto vantagem no processamento de recompensas”, afirmaram os autores do estudo ao Psypost, site de notícias de psicologia e neurociência dedicado a publicação de estudos científicos.
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