Estima-se que cerca de 50% dos homens apresentam algum grau da hiperplasia benigna de próstata (HPB), um acúmulo de pus na próstata, após os 50 anos e que mais de 30% necessitarão de tratamento durante a vida. A condição urológica gera dores ao urinar e micção frequente. O tratamento convencional envolve o uso de antibióticos e terapias de drenagem do pus, capazes de diminuir a ejaculação dos pacientes. Contudo, chega no Brasil uma nova tecnologia minimamente invasiva para tratar os homens que sofrem com a HPB.
A doença interfere significativamente na qualidade de vida do homem, já que o acúmulo de pus leva ao aumento da próstata - causando sintomas desconfortáveis. Para além do incômodo, a intervenção cirúrgica leva muito homens a ficarem apreensivos e se negarem a realizá-la.
Com isso, o urologista Fernando Leão, especialista em oncologia urológica minimamente invasiva, laparoscópica e assistida por robôs, ressalta a eficácia e a conveniência da tecnologia Rez%u016Bm, a qual usa vapor de água HPB. "A grande vantagem é o tratamento ambulatorial, ou seja, não requer internação do paciente. Faz, acabou e vai embora para casa", afirma Leão.
Procedimento
O vapor de água liberado atua diretamente na glândula prostática e no tecido obstrutivo, que são as causas dos sintomas do trato urinário inferior secundários da hiperplasia prostática benigna. O procedimento é simples e minimamente invasivo. "É feito com uma sedação, uma anestesia bem leve", explica Leão.
Além disso, ele acrescenta que a terapia tem outra vantagem significativa: "Consegue manter a ejaculação em até 80% dos pacientes, porque as outras terapias têm um índice de manutenção da ejaculação muito baixo".
Pesquisas conduzidas pela Stritch School of Medicine e Loyola University Medical Center apontam que a terapia oferece melhorias significativas. O estudo, intitulado "Five year results of the prospective, randomized controlled trial of water vapor thermal therapy for treatment of lower urinary tract symptoms due to benign prostatic hyperplasia", indica que a terapia Rez%u016Bm fornece uma melhoria significativa e sustentada dos sintomas do trato urinário inferior e da qualidade de vida dos pacientes que sofrem de HPB.
Os benefícios do procedimento foram observados em pacientes por até cinco anos após o procedimento. Diante deste cenário, Fernando Leão,se diz otimista sobre o impacto que a Rez%u016Bm pode ter no tratamento. Além disso, ele acredita que essa nova tecnologia não apenas trará alívio para muitos homens que sofrem com a condição, mas também irá melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. "Com os resultados promissores apresentados pelos estudos recentes, o futuro parece brilhante para os pacientes."
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