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Foguete Starship pode pousar em Marte ainda nesta década, diz Musk

Elon Musk, CEO da SpaceX, participou do Congresso Internacional de Astronáutica e trouxe algumas novidades sobre o desenvolvimento do foguete Starship

É possível que o foguete Starship, da SpaceX, tenha bons resultados em seu próximo teste de voo — e, quem sabe, esteja a poucos anos de pousar em Marte. As novidades vêm de Elon Musk durante sua participação do Congresso Internacional de Astronáutica (IAC) nesta quinta-feira (5).

Em sua fala, Musk destacou que não quer deixar as expectativas altas demais após o desfecho do teste de voo do Starship em abril. Naquela ocasião, os protótipos dos estágios Starship e Super Heavy não se separaram corretamente, e a SpaceX optou por explodir o veículo sobre o Golfo do México.

Segundo ele, o Voo 2 (o nome que deu ao próximo teste de voo do Starship) vai incluir mudanças significativas no projeto do foguete — uma delas, por exemplo, inclui o chamado estágio quente do sistema. De forma resumida, este termo significa que o Starship vai ativar os motores do seu segundo estágio antes da separação completa dos componentes.

Musk observou que, em sua visão, esta é a etapa mais perigosa do voo — e, se tudo correr bem e o foguete não explodir durante a separação, ele considera que há boas chances de o veículo alcançar a órbita. O objetivo do próximo teste é que o Starship complete menos que uma órbita ao redor da Terra e, depois, pouse perto do litoral do Havaí.

Quando o Starship vai a Marte?

O bilionário também trouxe novas informações sobre as perspectivas de enviar o Starship a Marte. "Acho que é viável, dentro dos próximos quatro anos, fazer um teste de pouso não tripulado por lá", sugeriu. Além disso, parece que a previsão de levar humanos a Marte com o Starship em 2024 não vai mais se tornar realidade.

Por outro lado, Musk sugeriu que o próximo ano vai ser agitado para o Starship: ele acredita que, em 2024, o propulsor Super Heavy deve conseguir retornar ao local de lançamento, e deve ainda se sustentar brevemente no ar para ser "agarrado" pelas estruturas da torre de lançamentos. E foi além: de acordo com ele, o sistema de propulsão do foguete "deve, para generalizar, pousar em qualquer superfície sólida no Sistema Solar", finalizou.

Fonte: Space.com, New York Times

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