HALLOWEEN CÓSMICO

Nasa divulga novas imagens surpreendentes da nebulosa 'Mão de Deus'

A combinação de dois satélites da agência espacial permitiram fazer um verdadeiro raio-x dessa nebulosa fantasmagórica

Novas imagens da nebulosa
Novas imagens da nebulosa "Mão de Deus" mostram detalhes do fenômeno - (crédito: Divulgação/Nasa)
postado em 31/10/2023 17:39

Na segunda-feira (30/10), véspera de Halloween, a Nasa divulgou novas imagens de uma das nebulosas mais "assustadoras" do universo. A fantasmagórica “mão de Deus”, cientificamente nomeada MSH 15-52, foi vista pela primeira vez em 2001 e recebe esse nome por lembrar o formato de uma mão humana.

Imagens registradas pelo Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa
Imagens registradas pelo Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa (foto: Divulgação / Nasa)

As novas fotos divulgadas foram possíveis graças à combinação de dois telescópios espaciais da Nasa, Observatório de Raios-X Chandra e Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE). Os registros permitem visualizar uma espécie de raio-x dessa mão fantasmagórica, com jatos de poeira espacial que se assemelham a dedos. Lançado ao espaço em 2021, o IXPE registrou a nebulosa durante 17 dias. Esse foi o maior período de tempo que o satélite esteve focado em um único objeto.

A nebulosa é uma grande nuvem de gás e poeira que se forma ao redor de um pulsar, ou estrela de nêutron, um núcleo de energia extremamente denso remanescente do colapso de uma estrela. Esse objeto gira rapidamente liberando jatos de matéria e antimatéria. O pulsar da “Mão de Deus”, nomeado PSR B1509-58, fica localizado na “palma” da mão.

Nas novas imagens, é possível ver "dedos" e "punho" formados pelos jatos de poeira e gás
Nas novas imagens, é possível ver "dedos" e "punho" formados pelos jatos de poeira e gás (foto: Divulgação / Nasa)

Coautor do estudo publicado no The Astrophysical Journal, Niccolò Di Lalla, da Universidade de Stanford, explica que as novas imagens permitem entender “a história de vida da matéria superenergética e das partículas de antimatéria ao redor do pulsar”. O pesquisador destaca que essas observações ajudam a entender como pulsares podem atuar como aceleradores de partículas.

  • Imagens registradas pelo Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa
    Imagens registradas pelo Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa Foto: Divulgação / Nasa
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