Um acidente em um cama elástica que levou à morte de uma criança de 6 anos no último domingo (15/10) acendeu um alerta para os riscos do brinquedo e cuidados necessários para evitar lesões. O caso ocorreu em Votuporanga (SP), durante a festa de aniversário do menino, em 10 de outubro. A tragédia ocorreu após o choque de duas crianças no brinquedo.
O médico pediátrico Dr. Henrique Gomes explica que as medidas de segurança começam antes mesmo da brincadeira. Na hora de contratar ou deixar a criança brincar em uma cama elástica ou pula-pula, os pais devem estar atentos se ela atende a requisitos de segurança. O especialista destaca que o equipamento precisa ter molas encapadas, superfícies acolchoadas em volta e uma proteção que impossibilite as pessoas caírem fora do brinquedo.
Médico do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e da rede particular, Gomes relata que os casos de acidentes domésticos e envolvendo os brinquedos ocorrem com frequência. “A criança não é um adulto menor, ela é alguém que não tem dimensão de muitos riscos, então é preciso estar de olho”, destaca. Entre as lesões mais comuns estão fraturas ósseas, torção de músculos nos braços ou pernas e torcicolos.
Segundo a Academia Americana de Pediatria, 75% dos acidentes no pula-pula ocorrem quando há mais de uma pessoa pulando. “Quando tem muita gente pulando, fica mais difícil de levantar e uma criança pode cair por cima da outra”, explica o médico. Gomez ainda pontua que o ideal é não deixar que crianças de faixa etária muito diferentes estejam no brinquedo ao mesmo tempo, principalmente porque os mais novos têm menos coordenação motora para levantar e podem sofrer impactos fortes das crianças mais velhas.
Outra dica, segundo o médico, é que o responsável pelo equipamento seja uma pessoa capacitada em atendimentos de primeiros socorros. O profissional ressalta que o intuito das dicas é minimizar as chances de tragédias.
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