O administrador da Nasa, Bill Nelson, afirmou que acredita em vida inteligente fora da Terra. A afirmação foi feita durante a coletiva da instituição que expôs o conteúdo de um relatório independente sobre Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs, em inglês), anteriormente chamados de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), nesta quinta-feira (14/9).
A equipe que produziu o relatório, composta de especialistas e cientistas independentes, não conseguiu encontrar evidência concreta de que os UAPs são provocados por vida alienígena inteligente.
No entanto, a Nasa afirmou que o assunto não está encerrado e fez o compromisso de empenhar esforços científicos para encontrar respostas.
“Se você me perguntar se acredito que existe vida em um universo que é tão vasto que é difícil para mim compreender quão grande é, minha resposta pessoal é sim”, disse Bill Nelson, sem titubear.
Para auxiliar nas buscas por vida inteligente, a Nasa nomeou um diretor de pesquisa de OVNIs. O nome do líder não foi revelado para que, segundo a instituição, não haja assédio ou ameaças sobre o tema, violências enfrentadas pelos cientistas que produziram o relatório.
“Queremos mudar a conversa sobre OVNIs do sensacionalismo para a ciência”, declarou Bill Nelson.
Dados científicos coletados e arquivados pela NASA
Para Nicola Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, os OVNIs são os "maiores mistérios da Terra" pela falta de dados com alta qualidade que possam ser analisados.
A ideia é que o novo diretor de pesquisa de UAPs consiga trabalhar para estabelecer "uma robusta base de dados" para que se possa investigar essas questões mais profundamente.
Já o Dan Evans, vice-administrador associado assistente de pesquisa da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, avalia que a pesquisa tem como objetivo expandir o "nosso conhecimento sobre o mundo ao nosso redor". Além de ser uma questão de "segurança dos céus".
David Spergel, presidente da Simons Foundation e presidente da equipe de estudo independente de OVNIs da Nasa, também falou na coletiva e frisou que o primeiro passo da pesquisa foi identificar o que eles já tinham de dados sobre os UAPs. "Nosso objetivo era construir um roteiro para a Nasa para ajudar e contribuir na pesquisa da natureza dos eventos de UAPs", destacou.
"A abordagem da atual dos dados coletados sobre UAP nos levaram a uma amostra limitada de eventos e de dados e sabemos que temos dados faltando", afirmou também.
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