Estudo

Mulheres têm menos chances de receber massagem cardíaca, aponta estudo

m total de 54% dos pacientes receberam massagem cardíaca de uma testemunha, segundo a pesquisa

Imagem ilustrativa de mulheres. População feminina tem menos chances de receber massagem cardíaca, aponta estudo
 -  (crédito: Freepik/ rawpixel)
Imagem ilustrativa de mulheres. População feminina tem menos chances de receber massagem cardíaca, aponta estudo - (crédito: Freepik/ rawpixel)
postado em 18/09/2023 09:28

Quando sofrem uma crise cardíaca em um espaço público, as mulheres têm menos chances de receber uma massagem cardíaca do que os homens, o que aumenta a porcentagem de mortes entre o público feminino, aponta um estudo divulgado nesta segunda-feira (18).

A reanimação cardiorrespiratória combina respiração boca a boca com compressões no tórax para bombear o sangue até o cérebro em pessoas com parada cardíaca, até a chegada de uma equipe médica.

No contexto de um estudo ainda não revisado por outros profissionais e que será apresentado em uma conferência na Espanha, médicos canadenses analisaram o tratamento recebido por quase 40 mil pacientes que deram entrada em hospitais com parada cardíaca nos Estados Unidos e no Canadá.

Um total de 54% dos pacientes receberam massagem cardíaca de uma testemunha, segundo a pesquisa, mas, nos casos que ocorreram em locais públicos, 61% das mulheres receberam a massagem, contra 68% dos homens.

"Essa diferença aumenta a mortalidade das mulheres após um ataque cardíaco", explicou à AFP o médico Alexis Cournoyer, responsável pelo estudo, que atende emergências no hospital Sacré-Coeur, em Montreal.

Os pesquisadores apontam duas possíveis causas dessa diferença. Uma delas é que as testemunhas têm vergonha de tocar no peito de uma mulher sem o consentimento da mesma. A outra tese é de que a população não reconhece as mulheres como vítimas de ataque cardíaco, uma vez que esses incidentes costumam ser erroneamente relacionados apenas à população masculina.

A parada cardíaca é uma das principais causas de mortalidade no mundo. Apenas cerca de 10% das pessoas que a sofrem fora de um hospital sobrevivem, segundo os pesquisadores.

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